Reimackler Alan Graboski, 30 anos, vice-presidente da torcida Império Alviverde, não assistiu ao jogo do Coritiba contra a Ponte Preta, na noite de ontem. Quando ia, com duas armas de fogo, para o estádio, com três integrantes da torcida organizada, por volta de 17h15, foi abordado por policiais militares do serviço reservado do 12.º Batalhão e da Rondas Ostensivas de Natureza Especial (Rone), na esquina da Rua Getúlio Vargas e Rua João Negrão, no Rebouças.
Aliocha Maurício |
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Reimackler já tinha passagens. |
Os policiais encontraram no carro uma pistola calibre 635 e um revólver calibre 38. Todos foram levados para o 2.º Distrito Policial e Reimackler, que assumiu ser o dono das armas, foi autuado por porte ilegal de arma. Os outros, foram ouvidos e liberados. Reimackler já tinha três passagens, por lesões corporais e danos ao patrimônio público.
A abordagem aconteceu quando o Gol dirigido por Reimackler passou por uma viatura descaracterizada, nas proximidades do Quartel da PM. “Percebemos que eles estavam com uniforme da torcida organizada e fizemos a verificação de praxe. Conferimos a placa e descobrimos que o veículo não tinha nada de irregular, no entanto, pertencia a Reimackler, conhecido da polícia como mentor de diversas confusões nos dias de jogos”, contou o policial, que não pode se identificar, por pertencer ao serviço reservado.
Rone
Segundo ele, os rapazes fugiram da abordagem, mas, quando viram que uma viatura da Rone saía do quartel para persegui-los, pararam o veículo. “Ele disse que estava tudo certo com a documentação e se antecipou, dizendo que não tinha drogas nem armas. Então resolvemos fazer uma busca minuciosa”, disse o policial.
O revólver calibre 38 estava escondido dentro da caixa de fusível e a pistola, em um console, entre os bancos. Os policiais também encontraram dois bonés da torcida Fanáticos e um porrete de madeira. “Os bonés eram considerados troféus e o porrete era usado nas brigas”, disse.