A vendedora Ilma Aparecida Lemes da Cruz de Oliveira, 43 anos, acreditava que o rapaz que lhe pediu um salgado, na noite de terça-feira, era apenas mais um cliente de sua banquinha, instalada na Rua Mandaguaçu, na Vila União, em Pinhais. No entanto, tratava-se de um assassino.
Ela o atendeu com cordialidade e quando se virou para pegar o rissole que ele havia pedido, o marginal atirou várias vezes na sua direção. Um dos tiros acertou a barriga da vítima, que passou a gritar por socorro, enquanto o desconhecido tratava de empreender fuga. Socorrida e levada a um hospital, ela não resistiu e morreu em seguida. O criminoso fugiu numa bicicleta e não foi identificado.
Hipóteses
A polícia de Pinhais trabalha com duas hipóteses para o crime. A primeira é que Ilma foi vítima de uma execução, muito embora ainda não se saiba qual o motivo de tamanha brutalidade. Outra possibilidade é que o marginal tenha tentado assaltar a mulher e atirou pensando que ela fosse reagir.
“De qualquer maneira, foi um crime bárbaro, em que a vítima foi apanhada de surpresa e não teve chance de defesa”, afirmou o superintendente Ninrod Valente. Também não é descartada a hipótese do assassino estar sob efeito de drogas e por isso ter atirado contra a mulher.
Nos próximos dias, a polícia deverá ouvir familiares e amigos de Ilma para tentar desvendar o assassinato. “Vamos aguardar esse momento de luto da família e depois ouvir as pessoas próximas à vítima para saber se ela ou algum parente seu estava envolvido com algo que pudesse ter ocasionado o crime”, disse o superintendente. Conforme foi apurado pela polícia, Ilma era mãe de quatro filhos e fazia oito anos que ela tinha a banquinha, onde vendia doces e salgados.