O Gol abandonado pelo criminoso
pode ser o motivo do assassinato.

Depois de uma breve discussão, Walter Silva Magalhães, 36 anos, escapou de ser prensado contra um muro por um carro. Evitou o primeiro tiro e os cães bravos de um terreno que invadiu para tentar se proteger. Mas não conseguiu chegar ao outro lado da rua: o homem que o perseguia acertou-lhe um tiro nas costas, e depois mais dois, matando-o no jardim de uma casa da Rua Isaías Régis de Miranda, Boqueirão, às 9h de ontem.

Walter era natural de Santa Catarina e, de acordo com a Delegacia de Homicídios, trabalhava com compra e venda de carros. Testemunhas o viram discutindo com outro homem, num posto de combustíveis na esquina das ruas Vereador Antônio Carnasciali e Professor José Maurício Higgins. Walter saiu andando, enquanto o outro apanhava o Gol prata DFF-4958, de Jandira (SP) e partia atrás dele. O motorista jogou o carro contra o muro de uma casa da Rua Vereador Antônio Carnasciali, tentando atropelar o negociante.

Perseguição

Rapidamente, Walter escalou o muro de uma casa vizinha. O desconhecido largou o Gol na calçada e foi atrás. Por pouco o fugitivo não entrou no canil de rottweilers e teve que desviar o rota de fuga para outro terreno ao lado. Ali, o assassino acertou o primeiro tiro. Os demais foram disparados com a vítima já caída, no jardim da casa, que faz frente para a Rua Isaías Régis de Miranda, paralela à via onde começou a confusão.

Investigadores da DH descobriram que o Gol abandonado pelo assassino já foi furtado, localizado e entregue novamente ao proprietário. Até a tarde de ontem, a polícia ainda não sabia o nome do proprietário legal do carro. “Certamente o crime envolve alguma transação mal-sucedida com veículo”, suspeita o investigador Divino. Através de um despachante que trabalhava para a vítima, a DH vai tentar descobrir se Walter negociou o Gol e quem teria sido o comprador.

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