O projeto de ganhar dinheiro fácil, vendendo pedras de crack, durou apenas quatro meses para Orlei de Quadra Justino, 29 anos. Ele foi preso em flagrante pouco depois das 8h de ontem, quando policiais do 8.º Distrito Policial (Portão) encontraram quase um quilo do entorpecente, escondido no forro do telhado de sua casa, no Tatuquara. Orlei alegou que entrou para o tráfico na tentativa de oferecer uma vida melhor à sua família.
O trabalho como vendedor na Ceasa passava às pessoas a impressão de que Orlei levava uma vida tranqüila, longe dos crimes. ?Combinava com uma pessoa pelo telefone e ele deixava as pedras na frente da empresa?, explicou o detido. Uma denúncia anônima chegou à polícia. ?Depois de três meses de investigação, conseguimos levantar o endereço do suspeito?, disse o superintendente do 8.º DP, Jahfar Sadek.
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De acordo com o policial, Orlei abastecia de crack diversos bairros de Curitiba, como Portão, Xaxim, Capão Raso, Novo Mundo e Fanny. ?Pelo que apuramos, ele vendia cerca de quatro quilos de crack por mês?, afirmou Jahfar. Ainda segundo o superintendente, Orlei conseguia a droga com alguém que a trazia de países vizinhos.
No cumprimento do mandado de busca e apreensão, foram encontrados, na casa de Orlei, 870 gramas de crack, que segundo Jahfar, seriam transformados em aproximadamente 5,2 mil pedras. Também foram apreendidos R$ 500 e uma balança de precisão.
Ele foi autuado em flagrante pelo delegado Alcimar de Almeida Garrett. ?Comecei há uns quatro meses. Entrei atrás de uma vida melhor e acabei trazendo desgraça para minha família?, declarou Orlei, que tem uma mulher e uma filha pequena. Ele não tinha passagem pela polícia.
