Troca de tiros entre suspeitos e policiais militares do 13.º Batalhão resultou na morte do auxiliar de serviços gerais Tiago Tavares da Silva, 19 anos, morador na Rua João Haupt, na Cidade Industrial de Curitiba. O fato ocorreu no final da noite de quarta-feira, no bairro onde o jovem morava. De acordo com informações da Polícia Militar, por volta das 20h40, uma viatura do 13.º BPM foi atender a uma ocorrência, na Rua Desembargador Cid Campelo, onde indivíduos estariam jogando rojões em residências da vizinhança. Segundo o boletim de ocorrência, os policiais foram recebidos a tiros por suspeitos que estavam de bicicleta, em frente à empresa Bosch. No revide, um jovem de aproximadamente 20 anos foi atingido e morreu a caminho do Hospital do Trabalhador. Após o confronto, a polícia apreendeu uma pistola calibre 380, com numeração lixada.
A família de Tiago, que no final da tarde de ontem fez a retirada do corpo do IML, disse que ele havia saído de casa por volta das 19h, sem dizer onde ia. A mãe também informou que desconhecia o envolvimento do filho com coisas ilícitas.
Cajuru
O confronto na CIC aconteceu cinco horas depois que Fábio André Pereira Soares, o ?Fabinho?, 18 anos, foi morto por policiais militares do 20.º Batalhão, no Cajuru. Moradores do bairro afirmaram que, antes de receberem a informação de que ?Fabinho? havia morrido, teriam visto o jovem ser colocado, vivo e algemado, dentro de uma viatura policial. Segundo as testemunhas, no Instituto Médico-Legal, o corpo de ?Fabinho? apresentava marcas de agressão e tiros.
Já o boletim de ocorrência registrado pelos policiais militares informa que ?Fabinho?, ao perceber a presença da polícia, atirou contra a equipe e fugiu pelo terreno dos fundos de sua casa. No tiroteio, um dos policiais foi atingido por um tiro na cintura e foi atendido no Hospital Cajuru. Como o ferimento foi de raspão, porque a bala atingiu a fivela do cinto do soldado, ele recebeu alta em seguida.
Na tarde de ontem, a PM enviou uma nota oficial à imprensa informando que foi instaurado Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar o suposto confronto no Cajuru.