Ao manobrar uma van escolar em marcha à ré, por mais de 50 metros, a condutora Maria Aparecida de Oliveira, 50 anos, atropelou uma aposentada, na manhã de ontem, na Cidade Industrial.
A vítima, Carla Pires, 62, foi parar debaixo do veículo e morreu na hora. O acidente aconteceu na Rua São Jorge do Oeste, quase esquina com a Rua Galdino Ronconi, no Conjunto Caiuá.
O marido de Maria contou à polícia que a mulher faz transporte de crianças há cerca de seis anos. Na manhã de ontem, ela tinha acabado de deixar o Centro Municipal de Educação Infantil Vera Cruz e ainda faltava levar dois estudantes. Porém, ao invés de manobrar a van e sair de frente, Maria resolveu passar toda a quadra em marcha à ré.
Próximo à esquina, ela atropelou a aposentada, que provavelmente caminhava na direção contrária e não viu nem ouviu o veículo. A perita Jussara Joeckel, do Instituto de Criminalística, fez a medição do local e informou que a distância entre o local onde a van parou para deixar as crianças e o ponto onde Carla foi atropelada é de 57 metros.
Infração
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, transitar em marcha à ré é considerada infração grave, exceto para praticar pequenas manobras e de forma a não causar riscos à segurança.
Porém, moradores relataram que é comum motoristas saírem de ré naquele trecho da Rua São Jorge do Osete, devido à dificuldade de manobrar no local. Segundo o marido da condutora, Maria passou mal logo após o acidente e teve que ser socorrida pelo Siate.
Na Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), o escrivão França disse que a mulher foi ouvida, e em seguida encaminhada para fazer exames de dosagem alcoólica no Instituto Médico-Legal. “Ela foi medicada com calmantes, mas mesmo assim foi encaminhada para os exames. O caso será investigado pelo 11.º Dsitrito Policial”, explicou.
