As ameaças de morte contra o usuário de drogas Márcio Almeida Ferreira, 32 anos, foram cumpridas nos primeiros minutos da madrugada de ontem, na casa onde a vítima morava, na Rua Amazilio Laval, no bairro Partênope, em Campo Largo.
Ele teve as mãos atadas com fita adesiva e, em seguida, foi executado com cinco tiros, na cabeça e nas costas. O crime só foi constatado na manhã de ontem, quando vizinhos estranharam que a casa estava aberta e encontraram o corpo do rapaz no chão do quarto. A polícia suspeita que o homicídio esteja relacionado ao tráfico.
Conforme foi apurado pelo investigador Paulo Gonçalves, da delegacia local, o assassino deveria ser conhecido da vítima, já que entrou na residência com a permissão do morador.
“Não havia sinais de arrombamento”, disse o policial. O autor prendeu os braços de Márcio para trás e o executou com três tiros na cabeça e dois nas costas. “Ele ainda usou um travesseiro para abafar os tiros”, detalhou Paulo.
Estojos de pistola calibre 7.65 foram recolhidos pela perícia. Um homem foi visto deixando a casa, em uma moto, pouco depois da meia-noite, mas a polícia não descarta a possibilidade de mais pessoas terem participado da execução.
Drogas
O motivo do crime estaria ligado às drogas. A casa bagunçada e os vários objetos usados para o consumo de crack encontrados no local indicavam que Márcio era viciado.
Vizinhos e conhecidos do rapaz confirmaram a suspeita e ainda contaram que ele já vinha sendo ameaçado. Recentemente, chegou a ser agredido por alguns rapazes. “O irmão dele tentou tirá-lo dessa vida e colocá-lo em tratamento, mas não deu certo”, disse o investigador.
As informações são de que após entrar no mundo das drogas, Márcio começou a praticar pequenos furtos para sustentar o vício, já que estava desempregado. Além disso, a polícia acredita que ele tenha começado a vender droga.
“Como não tinha dinheiro, ele vendia para algum traficante e, em troca, ficava com algumas pedras”, explicou Paulo. “Ele pode ter sido morto em um acerto de contas”, concluiu o policial.