Vingança

Usuária de drogas mata traficante dentro de ônibus

Usando a arma que lhe foi entregue pelo traficante “para se defender”, Aline Cristina Teska Silva, 20 anos, usuária de drogas, matou o “patrão” com um balaço no peito.

O crime aconteceu no final da tarde de sábado, dentro do ônibus da linha Monte Santo, na Rua São Paulo, em Almirante Tamandaré. Ela estava sentada no último banco do coletivo e levava a filha de 3 anos e a bolsa com algumas peças de roupa, além de pequena quantidade de maconha, cocaína, 12 pedras de crack e R$300, resultado da venda do dia. Diego Fernando de Souza, 21, invadiu o ônibus e a agrediu com uma coronhada. Na reação, a jovem atirou.

Segundo a polícia, Diego era o principal traficante da região e Aline “trabalhava” para ele há pouco mais de um mês, vendendo drogas no varejo, para quitar uma dívida.

Ela estava sendo ameaçada de morte e tinha sido agredida algumas vezes. De acordo com o superintendente Job de Freitas, Aline já tinha avisado em casa que queria mudar de vida, mas precisava sair da região onde morava.

Diego queria que ela quitasse a dívida e entregasse o dinheiro das outras pedras que levava para vender. “O que sabemos é que ele, acompanhado de outros três rapazes, entraram no ônibus. Ele pulou a roleta com uma arma na mão, foi até Aline e deu uma coronhada nela, na frente da filha, que começou a chorar. Quando ele virou, ela apanhou a arma que estava na bolsa e disparou três tiros contra ele.O traficante morreu na hora”, contou Job.

O motorista parou o coletivo e a jovem, com um ferimento na cabeça, desceu carregando a filha aos prantos em um braço e no outro a bolsa. Ela fugia a pé, ainda com a arma do crime na mão.

Um soldado da Polícia Militar, que estava de folga, ouviu os tiros e viu a moça correndo. Foi atrás e conseguiu detê-la.”Ela estava com um ferimento na cabeça, provocado pela coronhada. Foi levada ao pronto socorro e em seguida à delegacia, onde foi atuada por homicídio e tráfico de drogas”, explicou o superintendente.

A arma e as drogas que ela levava na bolsa, bem como o dinheiro foram apreendidos. A filha de Aline foi levada para a casa dos avós paternos. Na delegacia Aline disse que só teve “uma chance’ e não desperdiçou. “Era ele ou eu. Se não tivesse atirado, estaria morta e minha filha órfã”, declarou. Diego era conhecido da polícia, com diversas passagens por delegacias, por diferentes crimes.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna