Barbárie

Usuária de crack decapitada em Colombo

Em um extremo da rua, a cabeça servia de “brinquedo” para vira-latas. No outro, estava o corpo da usuária de drogas Silvana Rodrigues Mizael, 18 anos. Para a polícia, o crime cruel, descoberto na manhã de ontem, em Colombo, foi a forma encontrada por traficantes para dar o recado àqueles que não pagam suas dívidas. O corpo e a cabeça da jovem estavam na Rua Ipê, Jardim Monte Castelo.

Na noite de segunda-feira, Silvana foi até a casa dos pais, na Rua das Flores, levar um pacote de bolacha para o filho de 2 anos. A mãe dela, que desde que a filha tinha 13 anos lutava para livrá-la do vício das drogas, insistiu para Silvana passar a noite ali. Ela não quis. Despediu-se dos pais, irmãos e do filho sem dizer para onde ia.

Há meses, Silvana já tinha abandonado a casa dos pais para viver com outros usuários em um casebre perto dali. O filho, ela via de vez em quando. Tanto que é a tia que ele chama de mãe.

Macabro

Pela manhã, por volta das 7h, cães de rua encontraram a sacola plástica com a cabeça de Silvana. Moradores viram a cena tétrica e chamaram o irmão da jovem, que a reconheceu. A cabeça estava perto da casa da família dela. Foi deixada ali, como aviso do poder e da audácia dos traficantes.

Moradores contaram que, assim que amanheceu, ouviram o barulho de uma motocicleta, que pode ter sido usada pelo assassino para levar a cabeça até a esquina das Ruas Ipê e Hortência.

Folhas de eucalipto grudadas pelo sangue em seu rosto indicaram que a jovem foi morta perto de uma árvore. Duas horas mais tarde, no final da rua, foi encontrado o corpo da jovem, em um matagal.

“Ela me contou que tinha uma mulher que disse que queria sua cabeça. Mas nunca imaginei que isso seria levado ao pé da letra”, contou um parente de Silvana, que confirmou o vício da garota pelo crack.

Arrastada

Para a família, ela foi levada da casa onde morava para ser morta. “A cama estava desarrumada, como se tivesse dormido e levantado às pressas. Depois do que aconteceu, fomos lá e a casa estava toda aberta e vazia. Até os outros usuários desapareceram, abandonando tudo ali”, contou uma das irmãs da vítima. Segundo Braga, superintendente da delegacia do Alto Maracanã, há informações que Silvana devia para um traficante de drogas de Campina Grande do Sul.

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