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Na casa do rapaz foram escontrados seis quilos de maconha e haxixe. |
Quase seis quilos de maconha prensada, além de 11 bolas de haxixe e uma porção de “florescência” de maconha (flor da maconha) foram apreendidos no final da tarde de anteontem, com o estudante universitário Lucas Henrique Fabiani, 19 anos, morador no Bigorrilho. Ele estava comercializando a droga junto a seus colegas de faculdade e moradores da região. Autuado em flagrante no artigo 12 da Lei Antitóxicos, ele afirmou que tentará fazer um acordo com o Ministério Público, através de seu advogado, para ter a pena atenuada caso ajude a polícia, indicando o nome de outros fornecedores.
Há dias que investigadores da Delegacia Antitóxicos apuravam o envolvimento de Lucas com o comércio de drogas. Naquela tarde ele foi surpreendido em frente ao prédio onde reside e como estava com vestígios de maconha nas roupas, foi detido. Interrogado, confessou que tinha em seu quarto uma boa porção da erva. Durante as diligências na residência do suspeito, os policiais encontraram a droga e uma balança de precisão. A flor da maconha estava cuidadosamente guardada em um vidro e de acordo com Lucas, o produto serve para ser queimado junto com o baseado, pois seu princípio ativo seria mais forte do que a folha da maconha.
Classe média
Além do universitário, dois outros estudantes foram detidos e interrogados pela delegada Rosalice Benetti, titular da Antitóxicos. Eles faziam a entrega da maconha vendida por Lucas, funcionando como “vapores” na hierarquia do tráfico, segundo a policial. Lucas era o “patrão” da droga. Ele afirmou que o produto lhe era fornecido por um indivíduo de Foz do Iguaçu. Esta seria a segunda vez que Lucas adquiria uma grande quantidade para revenda. Ele comprou dez quilos e já havia vendido quase a metade quando foi flagrado.
“Esta nova prisão serve de alerta para todas as famílias de classe média que ainda acreditam que tráfico e uso de drogas é coisa de gente pobre”, afirmou a delegada, salientando que as drogas foram banalizadas pela sociedade e atualmente podem ser encontradas em qualquer lugar. Todas as recentes prisões efetuadas pela delegacia envolvem estudantes universitários, de classe média, freqüentadores de faculdades particulares. Mais do que usuários, eles agora participam também do comércio do entorpecente para sustentar o próprio vício e obter vantagens financeiras.
A delegada acredita que com a prisão de Lucas acontecerão outros desdobramentos nas investigações e possivelmente mais pessoas serão apanhadas nos próximos dias.