União contra a violência

O medo e a indignação estão mobilizando os moradores de Colombo. Só este mês, oito jovens foram assassinados nas imediações do Jardim Monza, região do Alto Maracanã. Além disso, estudantes são assaltados com freqüência na ida e na volta da escola e professores já foram ameaçados com arma de fogo. Para pedir uma solução para o problema, os moradores criaram um fórum permanente de discussão e, ontem, foram até a Câmara Municipal pedir providências aos vereadores.

O diretor do Colégio Estadual Helena Kolodi, Adão Aparecido Xavier, diz que a população não agüenta mais a onda de violência que atingiu a região. Dos oito jovens assassinados, três deles eram ex-alunos do colégio. Segundo o diretor, existe apenas uma patrulha escolar para atender 21 escolas e ela não dá conta de toda a demanda.

O Fórum Permanente Contra Violência reúne pais, professores, alunos, moradores, líderes religiosos e o Instituto de Desenvolvimento Humano. Os participantes pedem mais rigor nas investigações e o fechamento de bares que incentivam o uso de bebidas alcóolicas e de drogas. "O som mais bonito e mais agradável que um pai pode ouvir é o da porta da casa se abrindo, indicando que o filho acaba de chegar. Som, esse, que alguns pais não puderam ouvir, pois seus filhos foram assassinados", descreve Osmar Vieira, um dos participantes do fórum.

Segundo o chefe do Setor de Planejamento e Operações do Comando da Capital, tenente Douglas Sabatini Dabul, a Polícia Militar precisa que a população denuncie os crimes, porque as operações são realizadas em cima dos dados estatísticos.

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