Ultrapassagem perigosa causa morte de motorista

Ultrapassagem perigosa resultou em morte, às 10h de ontem, no Contorno Norte de Curitiba, próximo ao cruzamento da Rodovia da Uva, em Colombo. Ao fazer uma ultrapassagem e não conseguir vencer a curva, a caminhonete placas BEJ-0650, de São José dos Pinhais, dirigida por José Ronieldo Cosmo de Souza, de 25 anos, bateu de frente contra o caminhão AKC-6450, dirigido por Luís Cláudio Mazik, 29. Com o choque, a picape quase foi parar dentro de uma casa às margens da rodovia, mas enroscou em uma árvore. José Ronieldo foi atirado para fora do carro e jogado contra a casa, morrendo pouco depois. O motorista do caminhão saiu ileso.

O serígrafo João Luís de Paula, que dirigia um Corcel, por pouco não se envolveu no acidente. “Quando chegava perto da curva, vi a caminhonete ultrapassando outro carro na curva. Acho que quando ele me viu, desgovernou o veículo”, contou João. Ele disse que a sua primeira reação foi jogar o carro para o acostamento. “Pensei em dar um tempo para que ele acertasse a direção, mas não deu. Ele acabou batendo no caminhão, que vinha atrás”, disse João, que ia para Almirante Tamandaré, enquanto o motorista da picape vinha em sentido contrário.

A testemunha disse que o acidente ocorreu em questão de segundos. “Ainda bem que o caminhão vinha devagar. Mesmo assim, quando a houve o choque, o caminhão levantou e acabou indo parar no barranco. Sorte que é um banhado”, afirmou. A picape desceu, aproximando-se das casas. “O motorista voou do carro”, comentou um morador, que estava entre os curiosos vendo a tragédia. “Acho que ele morreu porque bateu a cabeça na casa. Ainda ficou vivo uns minutos”, acrescentou uma mulher.

Casas

A auxiliar de serviços gerais Elizabete Costa e Silva, 38, que mora numa casa que por pouco não foi destruída pela caminhonete, ainda estava apavorada com a situação. “Quando ouvi o impacto corri para os fundos. A gente nunca sabe o que vem de cima”, disse a mulher. Elizabete disse que esta já é a quinta vez que cai carro nas proximidades da casa. “Só este ano já foram três, mas este é o primeiro com morte”, contou. “Um dos carros ficou entre a minha casa e da vizinha, fora os pneus, calotas de carros que caem lá na curva e vêm parar aqui. Esses dias bateu na parede da cozinha e empurrou a pia, deslocando-a por cerca de meio metro.

A dona de casa Ângela Cristina Correia, 19, que mora ao lado, também reclamou do perigo. “As crianças não podem nem sair para fora e brincar. Bom, dentro de casa também é perigoso, mas pelo menos ainda tem as paredes”, ironizou. Ela lembra que a prefeita Izabete Pavin já fez um levantamento das pessoas que moram na área de risco, para remover as famílias para outro local. “Mas isto já faz três anos e até agora nada. Será que vai esperar esmagar uma casa e morrer uma família toda?”, revoltou-se. Segundo os próprios moradores, a área onde as casas foram construídas foi ocupada irregularmente.

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