A Universidade Federal do Paraná (UFPR) informou ontem que vai solicitar os laudos dos exames toxicológicos aos quais o calouro do curso de Geografia, João Francisco Nogueira, foi submetido, após passar mal durante a festa dos novos calouros da UFPR, na última sexta-feira, no campus Agrárias, em Curitiba.

continua após a publicidade

 A instituição também quer ter acesso ao prontuário de atendimento médico referente à internação do estudante na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital de onde ele esteve internado.

O objetivo é identificar o que teria causado mal súbito e esclarecer o que ocorreu, já que, segundo a UFPR, as imagens das câmeras de vigilância instaladas nas entradas do campus não mostram qualquer indício de dificuldades de locomoção de quem participou da festa.

De acordo com o reitor em exercício da UFPR, Rogério Mulinari, só após analisar os materiais é que a instituição deverá decidir se instaura ou não uma comissão independente para apurar o caso.

continua após a publicidade

Mulinari afirma que a universidade já teria colhido informalmente depoimento de alunos, representantes dos diretórios acadêmicos e de funcionários da universidade presentes no evento.

“Queremos esclarecer o que realmente aconteceu e dar uma resposta inequívoca à sociedade por essa situação”, afirma. O pai do estudante, Francisco Nogueira, já adiantou que deve colaborar na investigação do caso.

continua após a publicidade

Segundo ele, o prontuário já está à disposição da UFPR no hospital em que o adolescente foi atendido. Já os resultados do exame devem ficar prontos na próxima quarta-feira. “Não queremos embates jurídicos, apenas apurar o que houve e evitar que isso se repita”, diz.

O reitor em exercício ressalta que a universidade tomou todas as precauções para dar suporte à segurança do evento, que contou com o auxílio de um grupo de 21 monitores, composto por servidores da própria universidade, e oito seguranças. Para Mulinari, o incidente que envolveu o jovem foi um fato isolado.

A universidade também questiona a versão da família do rapaz de que ele teria sido forçado a ingerir bebidas alcoólicas e outras substâncias por veteranos do curso de Medicina.

Segundo Mulinari, o Diretório Central de Estudantes (DCE) dos alunos da UFPR comercializou apenas água, refrigerante e cerveja. “Ninguém foi obrigado a beber”, disse.