Caso solucionado

Turma suspeita de matar escrivão da Polícia Civil vai parar na cadeia

Cleverson Santos, de 22 anos, e Howard dos Santos Oliveira, de 31, foram presos suspeitos de envolvimento na morte do escrivão da Polícia Civil Sérgio Antônio Szlanda, 46, baleado num assalto a uma farmácia no Capão Raso, na semana passada. Segundo as investigações, apesar de terem levado a arma do policial, a intenção dos dois não era matar o escrivão, mas sim assaltar o local.

Aos policiais, Cleverson, o rapaz que teria atirado contra o escrivão, disse que não sabia que Antônio era policial. Ele percebeu quando o policial tirou a pistola e apontou para ele. “Ele puxou a arma, eu me assustei e atirei”, contou o suspeito, em vídeo divulgado pela Polícia Civil.

Durante as investigações, os policiais do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) descobriram quem eram também os receptadores do que havia sido roubado na farmácia. Além da dupla que teria assaltado, foram presos também dois homens, que teriam comprado e revendido o celular do escrivão. “Consideramos o crime completamente elucidado”, disse o delegado Rodrigo Brown.

A pistola do escrivão foi encontrada na casa de Howard, na Cidade Industrial de Curitiba, junto com a moto usada pela dupla para chegar e fugir da farmácia. No final de semana, uma denúncia levou os policiais até Domingos Ferreira Bastos, de 51 anos. “Ele estava com um revólver calibre 38, que foi apreendido e encaminhado para exame de balística para saber se foi a arma usada por Cleverson para matar o policial. Dependemos dessa análise”, explicou o delegado.

Os dois homens que teriam comprado e revendido o celular chegaram a ser detidos, mas acabaram liberados ao pagar aproximadamente R$ 1 mil de fiança cada um, pois não tinham nada a ver com o crime. Domingos foi detido, a principio, por porte ilegal de arma e munições.

Cleverson e Howard são apontados pela polícia como os autores do crime e devem responder por latrocínio (roubo seguido de morte) e posse de arma de fogo de uso restrito. Segundo a polícia, Howard veio de São Paulo, onde cumpriu quatro dos 11 anos de condenação por roubo. Cleverson já tinha passagens pela polícia por tráfico de drogas, associação criminosa, furto e porte de arma, além de participações em rebeliões.