A família de Hermógenes Golanowski, de 68 anos, teve uma infeliz surpresa durante o velório dele, que foi realizado ontem na capela do Cemitério Jardim da Saudade II, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba.
Ao abrir o caixão, a família percebeu que o corpo não era de Golanowski, mas de um outro homem que estava com as roupas de Golanowski, que há dois anos fazia tratamento contra o câncer no Hospital Erasto Gaertner e morreu na última quinta-feira.
“Em momento nenhum alguém da família foi chamado para reconhecer o corpo. Só quando o cara da funerária abriu o caixão é que eu vi que não era o meu pai”, conta a filha de Golanowski, Vivian Cristine.
Constatada a troca, a filha voltou ao hospital em busca do corpo do pai. “Vi os corpos que estavam no necrotério e nenhum era do meu pai. Tinha um com nome de mulher, mas mesmo assim pedi para levantarem o lençol. E era o meu pai”, relembra Vivian. O corpo de Golanowski só chegou para ser velado pouco depois do meio-dia.
Pela manhã, o hospital ainda tentava apurar o que tinha acontecido durante o plantão da noite e conversar com os profissionais que trabalharam durante aquele período. O hospital informou que não existe um corpo de mulher, mas não esclareceu sobre a pulseira que estava junto ao corpo de Golanowski.
Em nota divulgada pelo Erasto Gaertner, o hospital afirmou que não houve engano na identificação de pacientes que entraram em óbito dentro da instituição. “O hospital se solidariza com as famílias e informa à sociedade que está apurando a ocorrência com uma comissão técnica e administrativa que já foi disposta para cuidar do incidente. Na manhã de hoje (dia 7) a comissão iniciou um trabalho de revisão do processo de encaminhamento dos pacientes até seus respectivos destinos, e espera, em breve, poder conceder mais esclarecimentos”, diz a nota.