O delegado do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), Renato Figueroa, pediu à Justiça a prorrogação da prisão de dois dos envolvidos com o suposto esquema de desvios de recursos públicos por meio de contratos com empresas para obras em escolas da rede pública. Na última terça-feira (21), o Nurce deflagrou a Operação Quadro Negro, que resultou com a prisão de cinco pessoas.
Foi pedida a prorrogação da prisão temporária do ex-diretor do Departamento de Engenharia, Projetos e Orçamentos (Depo) da Secretaria de Estado da Educação, Maurício Jandi Fanini Antonio, e de Eduardo Lopes de Souza, que seria procurador da empresa Valor, que estaria ligada ao esquema criminoso. A prisão dos dois vence no próximo sábado.
Para o delegado, a prorrogação da prisão de Fanini e Souza é necessária para a investigação. “Entendemos que estas diligências devam ser feitas com ambos presos para que não haja qualquer tipo de interferência ou coação aos demais envolvidos, em razão da ascensão funcional que existia entre eles”, diz Figueroa.
As cinco pessoas presas dentro da operação Quadro Negro já prestaram depoimento, tendo a sócia-proprietária da empresa Valor confessado sua participação no esquema criminoso e apontado o envolvimento de outras pessoas. “Nos depoimentos foi comprovado que a empresa Valor é de propriedade do senhor Eduardo Lopes de Souza, sendo as atuais donas laranjas. Um dos presos confirmou que parte do dinheiro recebido por Eduardo era repassado para o senhor Fanini, visando agilizar o pagamento das faturas a empresa”, completou o delegado do Nurce.
Neste sábado foram liberadas outras três pessoas envolvidas no caso: Vanessa Domingues de Oliveira, sócia proprietária da Construtora Valor, Viviane Lopes de Souza, engenheira da Valor, e Tatiane Souza, ex-sócia da construtora.