Três suspeitos de participar da morte de Aline Geovana do Santos, 23 anos, estão na cadeia. A jovem havia saído de casa, em Itaperuçu, em 7 de junho, para ir a uma festa em Cerro Azul, e foi encontrada morta 16 dias depois em um parque de Rio Branco do Sul. O corpo estava em estado avançado de decomposição e sem a mandíbula.
Diego Bueno Machado, o “Pikachu”, 24 anos; Fabiano Machado Costa Rosa, 20; e Arildo Rodrigues dos Santos, o “Nenê”, 25, foram identificados pela delegacia de Rio Branco do Sul. Os presos foram apresentados na tarde desta quarta-feira, no 1.º Distrito Policial de Curitiba e, no começo, todos negaram qualquer envolvimento no crime. Quando Arildo e Fabiano foram retirados da sala, Diego resolveu contar o que, segundo ele, aconteceu.
Festas
O rapaz disse que, na noite do desaparecimento de Aline, ela, os três presos e mais quatro moças, no mesmo carro, foram a Açungui, em Itaperuçu, onde ficaram bebendo, em vez de ir à Festa da Laranja, em Cerro Azul, conforme haviam combinado. No local, Fabiano, que era namorado da vítima, se envolveu com uma das meninas do grupo.
Aline começou a brigar com a jovem, que estava com seu namorado. O grupo separou a briga e, segundo Diego, Fabiano e a namorada começaram a se agredir, mas, a pedido dos colegas, a briga parou.
Traição
No dia seguinte, a turma foi a outro local, próximo de onde estavam e todos continuaram a “festar”. No fim da tarde, Aline havia comentado que Fabiano iria pagar pela traição. De acordo com o delegado-titular da delegacia de Rio Branco do Sul, Robson Barreto, os três presos são suspeitos de cometer roubos na região metropolitana e a jovem tinha a intenção de entregar o namorado à polícia. Quando todos voltavam para casa, no carro, na região rural de Rio Branco do Sul, Diego disse que Arildo, armado com um revólver, pediu para que ele parasse e mandou Aline sair do veículo. Lá, Arildo deu um tiro na nuca da vítima, depois desferiu quatro golpes com uma chave de fenda no pescoço dela e um nas costas.
Em seguida, pegou uma bateria de carro e deu vários golpes rosto da jovem. Diego afirmou que Fabiano também deu um tiro no pescoço na vítima. “Depois disso, o Nenê veio até o carro e pediu para que todos nós víssemos o que ele era capaz de fazer se alguém quisesse dar uma de alcaguete”, acrescentou.
Indiciados
Segundo o delegado, os três vão responder por homicídio, com pena de 12 a 30 anos. O veículo usado para desovar o corpo de Aline foi incendiado para ocultação de provas, de acordo com os suspeitos. Com eles também foram apreendidas duas carteiras com insígnias da Polícia Militar e de agente penitenciário. Diego estava com uma camiseta com a inscrição “Polícia do Exército”.