Quando se preparava para dormir, Niraldo Caetano dos Santos, 52 anos, foi surpreendido por três homens que invadiram sua residência, na Rua dos Pioneiros, 28, Sítio Cercado, às 20h de domingo. O trio abandonou a casa deixando o homem morto com um tiro na cabeça, disparado à queima-roupa, e foi visto por populares em um bar das redondezas. A polícia já tem a identificação de um suspeito, que esteve preso por um homicídio ocorrido há cinco anos, naquele bairro.
Niraldo trabalhava como pedreiro e morava sozinho. Segundo apurado pelo sargento Pires e soldado Júnior, do 13.º Batalhão de Polícia Militar, dentre os assassinos estão dois irmãos que moram na outra margem do Ribeirão dos Padilhas, a menos de uma quadra de onde ocorreu o crime. Um deles, identificado como Jair, aproximadamente 25 anos, já teria matado outro morador do bairro, um garoto de 15 anos, e costuma atirar para intimidar os vizinhos. Ele e seu irmão foram procurados pela PM, mas não foram encontrados.
Execução
Os três homens arrombaram a porta da casa, dominaram Niraldo e, com o revólver encostado ao lado do ouvido dele, atiraram. Segundo avaliação preliminar do perito Alcebíades, da Polícia Científica, Niraldo teria tentado reagir, como mostravam manchas de sangue no assoalho e um cabo de vassoura quebrado. “A gente ouviu sons de pancadas em madeira e tiro”, contou uma moradora, que não quis se identificar. Depois, dois dos matadores fugiram em uma motocicleta vermelha. Jair teria voltado ao local do crime, minutos depois, para se certificar da morte da vítima.
O motivo do assassinato, segundo comentários de amigos de Niraldo, teria sido uma briga em um bar, ocorrida na noite anterior. Ele e Jair, junto com outras pessoas, estavam jogando e houve uma discussão. “O Jair disse que iria surrar o seu Caetano”, contou uma mulher. Isso teria motivado o assassinato.
Antecedentes
Jair foi apontado por vários curiosos que acompanharam o trabalho da polícia como um indivíduo violento, que costuma “puxar” briga com qualquer um, como motivo para intimidar moradores. Ele seria usuário de drogas.
Há cerca de 5 anos, o acusado teria cometido outro homicídio no bairro, vitimando um garoto de 15 anos. Os investigadores França e Nei, da Delegacia de Homicídios colheram as primeiras informações para confirmar as pistas dadas pelos moradores da região. A polícia possui a identificação completa de Jair. Não foi confirmado se ele conta com passagens pelo 10.º DP (Sítio Cercado), porque oficialmente o distrito policial ainda não foi comunicado da autoria do homicídio e não pôde dar informações sobre Jair. Mas a história da possível participação do suspeito em outros crimes é conhecida da polícia.