Pinheirinho

Trio é preso com crack e cocaína em hotel

Três pessoas foram presas entre a noite de domingo e a madrugada de ontem suspeitas de trazer 45 quilos de crack e 3 quilos de cocaína pura do Paraguai. Cleuza Mariano da Silva, 48 anos, Edemar de Souza Sá, 33, e Marcelo da Silva Badiak, 20, chegaram a um hotel, na BR-476, Pinheirinho, com um Kia Sorento com placas do país vizinho. A droga estava no veículo e suspeita-se que viria “abastecer” viciados no Carnaval.

De acordo com o delegado Alexandre Marcorin, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), responsável pela prisão, os suspeitos foram encontrados por denúncias anônimas recebidas pelos policiais da especializada, que trabalhavam na segurança do jogo entre Atlético e Coritiba. “A informação era que receptadores de carga roubada estariam hospedados no hotel”, contou o policial.

Garagem

As equipes foram até o local, mas os suspeitos já haviam fugido, deixando o carro na garagem. Ao verificar as imagens de segurança, a polícia identificou os dois suspeitos.

Cleuza foi presa nas imediações e chamou a atenção dos policiais por causa de um defeito na perna. A polícia foi até a residência onde os suspeitos estavam escondidos, também no Pinheirinho, onde, de madrugada, encontrou Marcelo e Edemar que confessaram ser os donos do veículo.

“Quando eles perceberam a chegada da polícia, não tiveram tempo de pegar o carro e fugiram a pé”, contou. Dentro do veículo, a polícia encontrou os 42 tijolos de crack e três de cocaína escondidos na forração do porta-malas do carro. Segundo o delegado, a quantidade da droga bruta apreendida foi avaliada em mais de R$ 500 mil e seria transformada em 160 mil pedras para consumo.

Comum

Marcorin informou que comprar carro de luxo no Paraguai para transportar drogas tem se tornado frequente. “Eles usam o carro para desbaratinar a polícia e costumam viajar com pelo menos três pessoas para transparecer que são uma família. Mas imagino que justamente foi o carro no hotel que chamou a atenção do denunciante”, supôs o delegado.

A droga é paraguaia e o trio provavelmente foi contratado para trazê-la para Curitiba, segundo avaliação de Marcorin. Grande parte seria distribuída na capital e o restante, possivelmente, seria vendido no litoral, durante o Carnaval. A delegacia ainda verifica a identidade dos presos para saber se eles contam com ficha criminal.

Átila Alberti
Só de crack daria pra fazer cerca de 16 mil pedras.
Átila Alberti
Esquema do uso de “carrões” é conhecido da polícia.
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