Prisão de sobremesa

Trio acusado de arrastão em restaurante é preso

Três assaltantes, foragidos da Justiça, foram presos, na noite de quarta-feira, suspeitos de fazer um arrastão num restaurante da Rua Augusto Stresser, Hugo Lange. A polícia usou o rastreador de um iPhone roubado para descobrir o paradeiro dos bandidos. Dois deles, segundo a polícia, se conheceram na Colônia Penal Agroindustrial (CPAI), onde cumpriam pena por roubo.

Com um Siena roubado em Campo Largo em abril, Marcelo Rocha de Souza, 35 anos, Waldemar Simões, 29, e Edgar de Souza Batista, 56, chegaram ao restaurante, onde fizeram a “limpa” em clientes, funcionários e no caixa. Segundo a polícia, o trio foi reconhecido pelas vítimas.

Cerco

Policiais militares da Patrulha Escolar Comunitária foram chamados em apoio e localizaram os marginais no Boqueirão, pelo rastreador do smartphone de uma das vítimas. A polícia cercou o carro dos suspeitos na Rua Bley Zornig. Dois revólveres, dez celulares e carteiras com documentos roubados foram apreendidos. O carro, segundo a polícia, estava com placas frias de um Uno.

O trio foi encaminhado à Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), onde foi autuado em flagrante pelo delegado Gerson Machado por roubo, receptação, adulteração de sinal de veículo e formação de quadrilha.

Terceiro

Este é o terceiro arrastão registrado em restaurantes desde o mês passado em Curitiba, segundo a Associação de Bares e Restaurantes (Abrabar). Na quarta-feira da semana passada, marginais invadiram uma pizzaria no Batel e assaltaram clientes e funcionários. Outro assalto foi registrado no início do mês no Bairro Alto, porém o crime não foi comunicado à polícia. Não está confirmado se os detidos foram responsáveis pelos outros crimes.

Abrabar teme “onda paulista”

No ano passado, foram mais de 30 assaltos a restaurantes em Curitiba, que só perde para São Paulo e Belo Horizonte em número de bares e restaurantes por habitante. A preocupação do presidente da Abrabar, Fábio Aguayo, é que a moda de roubos a restaurantes pegue por aqui como ocorre em São Paulo. Desde o início do ano, a capital paulista registrou 29 roubos a restaurantes, bares e padarias.

Aguayo tem feito um alerta para o reforço da segurança e sugerido a que os donos de restaurantes reforcem o monitoramento nos estacionamentos e entorno dos estabelecimentos. “Pedimos uma audiência com o secretário da segurança para tratarmos do assunto, porém não fomos atendidos”, lamenta.

Registros

O delegado Guilherme Rangel, da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR) garante que não há surto de roubos a restaurantes. “Temos registrado mais assaltos a condomínios horizontais que a restaurantes, por exemplo”, disse. Para Aguayo, as estatísticas não são precisas, porque muitos dos empresários preferem não registrar o crime na delegacia, com receio de perder a clientela.

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