Nove assaltos ocorridos nos últimos meses foram elucidados por policiais da Delegacia de Furtos e Roubos, que prenderam Edinilson Matos, 25 anos, mais conhecido como “Dênis”, 25 anos, e José Carlos Jacoberti Braga Júnior, o “Balaio”, 23. Eles confessaram os crimes com detalhes. Eugênio da Silva, o “Cheno”, 25, foi reconhecido por vítimas, mas negou qualquer envolvimento com os assaltos. Com os presos foram apreendidas uma escopeta calibre 12 e uma pistola calibre 380, com numeração raspada.
Roubos
O delegado Hormínio de Paula Lima Neto, da DFR, informou que os investigadores Rubens, Polchlopek, Everson e Aldemar estavam investigando uma série de assaltos em Curitiba e apuraram que os autores seriam Edinilson, José Carlos, Eugênio e dois rapazes conhecidos como Ari e “Nego””. Na quarta-feira, o grupo roubou R$ 3.800,00 da distribuidora de gás Isabel Redentora, em São José dos Pinhais. Os três foram presos na madrugada do dia seguinte em uma lanchonete no Boqueirão.
Hormínio salientou que os quadrilheiros espalharam terror durante um assalto no Restaurante Ventura Grill, no Seminário. “O Edinilson bateu e chutou as vítimas. Ele é muito violento em suas ações”, comentou o policial. Entre os roubos atribuídos ao grupo constam um contra o frigorífico, em Santa Felicidade, onde arrecadaram R$ 9 mil; a Farmácia Red Med, em São José dos Pinhais, de onde levaram R$ 200,00; a Farmácia Trajano, também em São José dos Pinhais, onde roubaram R$ 600,00 e dois postos de gasolina. Também tomaram dois carros em assalto, uma BMW e um Logus.
A polícia acredita que os presos e seus comparsas praticaram mais roubos em Curitiba e Região Metropolitana, principalmente em São José dos Pinhais, onde residem. “Temos certeza que com a imagem deles divulgada pela imprensa, outras vítimas irão reconhecê-los”, salientou o policial, pedindo para que as vítimas entrem em contato com a delegacia através do telefone 262-2800.
O delegado ressaltou que o número de registros de assaltos é alto e a tendência é aumentar ainda mais, com a chegada do fim do ano, quando os trabalhadores recebem o 13º salário. “As investigações continuam para apurar outros assaltos cometidos por este grupo e também no sentido de prender os outros dois integrantes do bando.”
Edinilson confessou que pratica assaltos há quatro meses. “Conheci o `Sarafa’ e o `Magrão’, que me convidaram para assaltar. Eles foram presos e continuei sozinho, conhecendo outras pessoas para me acompanhar”, disse o detido. “Estraguei minha vida. Trabalhava de marceneiro. Agora estou preso e muito arrependido”, acrescentou. Ele negou que espancava suas vítimas. “Não fazia nada disso não. Só queria o dinheiro. As vítimas se assustavam quando a gente entrava e dava voz de assalto”, alegou.
De acordo com as vítimas, Edinilson aterrorizava e seu comparsa José Carlos acalmava. “Eu entrava com a doze na mão. O que eu fazia era dizer para todo mundo ficar calmo, que a gente só queria o dinheiro, não queria ferir ninguém”, contou José Carlos. Ele disse que entrou no mundo do crime há pouco mais de um mês quando foi convidado por seu amigo Edimilson.
Mesmo sendo reconhecido por testemunhas, Eugênio negou qualquer participação nos roubos. “Eu vendo moletom”, argumentou.