O desembargador federal Élcio Pinheiro de Castro, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região, negou ontem pedido de liberdade provisória ao empresário Renato Pereira Jorge e ao autônomo Ademir Raimundo Jorge, de São Paulo, presos nesta semana durante a chamada Operação Hidra, considerada uma das maiores já realizadas pela Polícia Federal (PF) no país. Até o final da tarde de ontem, 68 pessoas já tinham sido detidas. As prisões foram decretadas pela Justiça Federal de Maringá.
A Operação Hidra foi desencadeada contra integrantes de uma megaquadrilha que transportava mercadorias do Paraguai para cidades de todo o Brasil sem recolher impostos. Dos 87 mandados de prisão, 40 foram expedidos para o Paraná, 29 para o Mato Grosso do Sul, 12 para São Paulo e seis para Mato Grosso. Também foram expedidos pela Vara Federal Criminal de Maringá 149 mandados de busca e apreensão e um de seqüestro de bens.
Outros 19 mandados de prisão ainda precisam ser cumpridos. Os mandados de prisão temporária expedidos pela Justiça federal de Maringá vencem amanhã. A PF, porém, informou que já solicitou a prorrogação das prisões à Justiça. Com isso, os detidos devem continuar presos até a próxima sexta-feira, podendo continuar detidos por mais tempo caso seja solicitada a conversão para prisão preventiva.
Todos os trabalhos estão sendo centralizados na delegacia da PF em Maringá, cidade que funcionava como sede da quadrilha. A polícia avalia como um sucesso o resultado da operação, já que todos os mandantes foram presos. As investigações foram iniciadas há um ano pela Polícia Federal, com apoio do Ministério Público, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Receita.