Três homens foram presos com quase 1700 pedras de crack, cocaína, dinheiro, um revólver e uma espingarda de pressão, nas moradias Dom Bosco, em Curitiba. Dois deles já haviam sido presos por tráfico de drogas, mas negaram a propriedade do material apreendido. O terceiro é apontado como chefe do tráfico pela polícia.
Os investigadores do 13º Distrito Policial receberam denúncias contra Ricardo Morcelli, 20 anos, conhecido por “Marcos”. Ele foi abordado e, segundo a polícia, foram apreendidas 21 pedras de crack com ele e outras 40 pedras e R$ 52 dentro da casa dele.
Ricardo teria dito aos policiais que comprou a droga de um homem conhecido como “Japonês”, e forneceu um endereço. Nilson de Trindade, também com 20 anos, foi abordado em casa, na Rua Emerson Rodrigues, e no local foram apreendidas mais onze buchas de 10 gramas de crack e duas embalagens, cada uma com outras 40 pedras.
Também foram encontradas outras duas sacolas, cada uma com 26 buchas de cocaína, e um revólver Taurus calibre 38 com seis munições no tambor, e outras quatro guardadas.
Nilson declarou para a polícia que o “Japonês” que eles procuravam era outro, e forneceu mais um endereço na mesma vila. Nirto Ribeiro de Freitas, 39 anos, foi preso na Rua Pedro Pillato Sobrinho.
No local, nada havia sido encontrado. A ex esposa do detido ajudou os policiais apontando a casa de uma amante dele nas proximidades, imaginando que ele esconderia o produto do tráfico em outro lugar para fugir do flagrante. Lá, dentro de uma caixa de som automotivo, foram encontradas seis buchas, cada uma pesando dez gramas de crack.
Também foram apreendidos na residência um binóculo, que seria utilizado para observar uma possível aproximação policial, dois carregadores de uma pistola calibre 380, uma espingarda de pressão e R$ 200.
Defesa
Ricardo já esteve preso por sete meses por tráfico de drogas, e há nove meses estava solto. Desde então, segundo ele declarou para a imprensa, ele trabalhou como servente de pedreiro, e atualmente trabalhava como pintor.
Ele alega que voltava do trabalho de bicicleta quando foi abordado, e nada foi encontrado com ele. Ele não soube explicar a procedência do material apreendido. A mesma versão foi dada por Nilson.
Ele afirmou para a imprensa que voltava do trabalho com dois colegas, e que eles são testemunha de que nada foi encontrado com ele, e que sua casa sequer foi revistada.
Quando questionado sobre qual é sua profissão, entretanto, Nilson negou-se a responder. Nirton confirmou que é proprietário do binóculo, do dinheiro, da espingarda de pressão e dos carregadores.
A pistola, segundo ele, era registrada em seu nome, mas foi apreendida há dois meses pela polícia. Sobre as buchas de crack, ele garante que foram plantadas no local pela polícia.
