Três rapazes foram presos por policiais militares do 13.º Batalhão na madrugada de ontem, sob a acusação de tráfico de drogas. Os policiais apreenderam um quilo e oitocentos gramas de maconha, 40 buchas de crack, duas balanças de precisão e algumas moedas dentro de uma casa no bairro Fazendinha. Um dos detidos foi ferido com um tiro na mão e os três foram conduzidos à Divisão de Narcóticos (Dinarc).

De acordo com os PMs uma pessoa telefonou anonimamente para o 190 informando que na Rua Alcir Martins Bastos, Fazendinha, funcionava um ponto de venda de drogas. Eles foram até o local no início da madrugada, encontraram a droga e prenderam dois rapazes, um de 26 e outro de 21 anos. O segundo foi ferido com um tiro na mão. Por volta das 5h, os policiais prenderam um taxista de 22 anos, que estava trabalhando e era suspeito de envolvimento com o tráfico de drogas.

A delegada Rosalice Benedeti, responsável pelo caso, informou que indiciou os três em inquérito policial e os liberou. “A história é um pouco estranha. Não os autuei em flagrante porque eles não foram apanhados com a droga. Os policiais entraram na casa, acharam a droga e depois prenderam dois suspeitos que chegavam na moradia”, relatou Rosalice. Ela explicou que desta forma não há flagrante, já que a residência não pertencia aos detidos. “Eu indiciei e solicitei que seja feito exame de lesões corporais nos três”, ressaltou a delegada. Rosalice salientou que só no decorrer das investigações ficará provado se os detidos comercializam drogas ou se são inocentes.

Denúncia

A advogada Tereza Hauare, que defende um dos acusados, alega que a prisão foi ilegal. Ela contesta argumentos da delegada e denuncia que houve excesso por parte dos policiais. “Os dois primeiros foram presos no início da madrugada. O meu cliente estava dormindo dentro de seu táxi quando foi preso. O rapaz baleado foi levado ao quartel e induzido a dizer que os outros dois eram os traficantes”, enfatizou a defensora. Ela disse que os detidos só foram entregues na delegacia às 8h de ontem.

O coronel José Paulo Betes, comandante do 13.º Batalhão, disse que foi informado das prisões, da apreensão da droga e que a delegada entendeu que não houve flagrante. “Além destes fatos não tenho maiores detalhes sobre este caso, mas se houver indícios de que ocorreu algo de anormal, iremos apurar e os envolvidos serão responsabilizados”, informou o coronel.

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