Denúncias pelo telefone 342-3860 orientaram investigadores da Dinarc – Divisão de Narcóticos, para acabar com uma “boca de fumo” que funcionava na Rua Flávio Dalegrave, Barreirinha, anteontem à noite. Três pessoas foram detidas, mas somente Eloi Antônio Borges, 61 anos, admitiu que comercializou maconha duas vezes para conseguir pagar a cirurgia da esposa. Gledis Marly Borges, 56, ex-mulher de Eloi, e Adriana do Rocio Mayer, 26, nora dele, negaram qualquer envolvimento com o caso.
De acordo com o superintendente Dias, os investigadores Jucelino, Franco, Mônica e Iara detiveram três usuários que disseram ter comprado a droga na casa de Gledis. Quando os policiais, fingindo-se de compradores, foram até lá, as mulheres teriam ido pegar a erva, que estava escondida em um matagal. “O Eloi fugiu quando os policiais chegaram”, disse o superintendente. Na manhã de ontem, o homem foi detido no hospital, após “marcar” um encontro, que mais tarde soube ser com a polícia. Todos foram autuados por tráfico, pela delegada Rosalice Carriel Benetti, que também solicitou a prisão preventiva do marido de Adriana, Jean Adilson Borges. Conforme informou o policial, foi apreendido cerca de um quilo de maconha.
Necessidade
Eloi disse ter vendido apenas 20 gramas de maconha, que pegou de um homem para conseguir dinheiro a fim de alimentar os filhos pequenos e pagar um aparelho para a mulher, que está internada no hospital. “Elas não tem nada a ver com essa história”, afirmou, referindo-se às mulheres detidas. Adriana relatou que ia até a casa de sua mãe e Eloi estava vendendo a droga para uma policial. “Ela deixou ele escapar porque estava sozinha”, disse. Depois, Adriana teria ido em busca do marido, mas voltou sem ele. “Se eu devesse alguma coisa tinha fugido. Não sou traficante!”, reclamava. Gladis está separada há seis anos de Eloi. “Ele aparece lá em casa de vez em quando”, disse.