Quando finalmente aceitou internar-se numa clínica para tentar se livrar do vício no crack, Clodoaldo de Araujo Koropeka, de 19 anos, foi assassinado com uma pedrada na cabeça. O crime aconteceu no final da Rua Fernando Alberti, no Jardim União, no Uberaba, por volta de 9h de ontem.

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Os soldados Nacimento e Zalmir, do 20.º Batalhão da Polícia Militar, disseram que uma ligação anônima avisou sobre o crime. “Até o Siate foi chamado, mas quando chegou o rapaz já estava morto”, contou Nascimento.

A mãe da vítima, Euzar Paula Araújo, disse que ele era dependente desde 17 anos, e que estava tentando livrar-se do vício. “Ele disse que queria se internar. Já fazia tempo que eu tentava convencê-lo, mas ele sempre negava. Na nossa última conversa, ele se deu conta que precisava de ajuda profissional, mas foi tarde demais”, lamentou a mãe.

Segundo ela, Clodoaldo passou a noite trabalhando como garçom em um clube e, com o dinheiro do pagamento, foi até o Jardim União para comprar droga. “A gente mora no Solitude, no Cajuru, e o caminho que ele fez não tem nada a ver com a nossa casa”, contou a mulher, convicta que ele morreu na mão de um traficante.

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Outro

João Carlos Ferreira de Oliveira, 20 anos, foi morto a pedradas no início da manhã de ontem, na Rua Juarez Tavora, no Jardim da Ordem, Tatuquara. Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Delegacia de Homicídios, o rapaz não era conhecido na região e tinha dois celulares no bolso da calça.

Mistério em ataque a mulher

Aliocha Maurício
Crime aconteceu em Campo Magro e ninguém conhece a morta.
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Uma mulher também foi morta com pedradas na cabeça, na madrugada de sábado, no bairro Bom Pastor, em Campo Magro. Ela foi atacada na Rua Said Jorge e morreu a poucos metros dali, em um matagal na Rua Santa Felicidade.

Como a vítima não foi identificada no local, a polícia pouco pôde apurar a respeito do motivo do crime, porém existe a suspeita de que ela tenha se desentendido com alguém nas proximidades.

Ela foi encontrada sem blusa e com a calça abaixada. Ainda não se sabe se a mulher sofreu tentativa de violência sexual ou se a roupa saiu quando ela foi arrastada até o mato.

O soldado Laudemir, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, contou que a polícia foi informada do crime no final da madrugada. Porém, segundo ele, ninguém viu o que aconteceu.

Laudemir lembrou que horas antes de receber a informação da localização do corpo da mulher, a polícia foi acionada na Rua Said Jorge para atender uma ocorrência de perturbação de sossego.

“Por volta das 4h estivemos no local e encaminhamos três pessoas para a delegacia, onde assinaram termos circunstanciados”, lembrou o policial. “Mais tarde, próximo dali, moradores encontraram o corpo da mulher”, acrescentou.

No entanto, Laudemir ressaltou que são comuns as ocorrências de perturbação de sossego naquela rua e que ainda é cedo para afirmar se o caso de ontem tem alguma relação com o assassinato da mulher.

A vítima aparentava cerca de 50 anos, tinha cabelos curtos e grisalhos. A blusa dela, cinza, foi encontrada nas proximidades e ela vestia calça e tênis pretos. O cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal, onde será submetido a exames para confirmar se houve violência sexual. O crime será investigado pela delegacia local, que aguarda a identificação da vítima.

Marcelo Vellinho