Foto: Alberto Melnechuky |
Leila dormia quando levou balaços na cabeça, perna e barriga. continua após a publicidade |
Três mulheres foram assassinadas, ontem, em Curitiba, Piraquara e Campo Largo. O primeiro crime foi no Boqueirão. Deitada na cama de sua casa, Leila Ribeiro de França Gabardo, 38 anos, foi surpreendida por dois indivíduos e executada a tiros, na madrugada de ontem, no Boqueirão.
O crime aconteceu na Rua Carlos Essenfeld, por volta das 2h30. Suspeita-se que um dos autores seja o ex-marido da mulher. Ele foi localizado pela polícia logo após o assassinato e submetido a exames para apurar se efetuou algum disparo de arma de fogo. Na pequena casa, nos fundos do terreno, ainda estavam os três filhos da vítima, de 11, 12 e 14 anos.
O superintendente Dilso Morgerot, da Delegacia de Homicídios, explicou que a suspeita recai sobre o ex-marido de Leila em função do histórico de ameaças que ela teria sofrido dele, após a separação. ?Foram feitos até boletins de ocorrência referentes a isso?, disse. Porém, a polícia ainda não confirma a participação do homem no crime e irá aguardar o resultado do laudo que apontará se o ex-marido efetuou ou não algum disparo durante a madrugada. Os exames também foram realizados em outro suspeito.
Testemunhas
Até o momento, o que a polícia sabe é o que foi passado pelas testemunhas, no local do crime. ?As informações são de que dois indivíduos forçaram a porta da casa e executaram Leila, que estava dormindo?, relatou. Ela recebeu cinco tiros, na cabeça, na coxa e na barriga.
A mulher, que trabalhava em uma creche, morava com seus três filhos pequenos – dois meninos e uma menina. As crianças teriam presenciado o assassinato, porém, segundo a polícia, não souberam dizer quem eram os invasores. ?Estamos ouvindo algumas pessoas e colhendo novas informações. Familiares da vítima, que poderão nos ajudar, estão levando o corpo para o interior do Estado e, quando voltarem, serão ouvidos?, garantiu o superintendente.
Tiro na cabeça
Márcio Barros
Foto: Ciciro Back |
Marcas de pneus e pegadas são as únicas pistas. |
Uma mulher, com cerca de 30 anos, foi executada com um tiro na cabeça, no Jardim Estados, em Piraquara, na madrugada de ontem. Sem nenhum documento que a identificasse, as únicas pistas que a polícia dispõe são várias marcas de pneu de carro e pegadas próximo ao corpo.
Foi uma ligação anônima feita para o número 190, por volta de 7h30, que indicou o local onde uma pessoa havia sido assassinada. Os soldados Leandro e Vitor, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, foram até a Rua Santa Catarina e encontraram o corpo da mulher. O local fica a aproximadamente dois quilômetros do Contorno Norte.
Mistério
Os moradores do Jardim Estados disseram que não conhecem a vítima, levantando a hipótese de ela ter sido levada até lá para ser assassinada. Segundo o superintendente Valdemir, da delegacia de Piraquara, a polícia tem poucas informações sobre o crime. ?A mulher não tinha documentos. Assim que ela for identificada no Instituto Médico-Legal, poderemos investigar com mais informações?, explicou.
A mulher tinha aproximadamente 1,60 metro, 60 quilos, cabelos castanhos e trajava calça jeans clara, tênis branco, camiseta regata rosa e jaqueta preta.
Facadas na frente da filha
O amor entre Rosana Gonçalves Queirós, 20 anos, e seu marido Elias Machado Queiroz, o ?Gasolina?, se transformou em ódio e acabou em tragédia na tarde de ontem, em Campo Largo. Ele a matou com vários golpes de faca, na frente da filha de 5 anos, e fugiu com o seu Passat azul. Rosana foi levada pelo Siate até o Centro Médico de Campo Largo, mas morreu em seguida. A menina foi recolhida pelos vizinhos e, até o início da noite, Elias não havia sido localizado pela polícia.
Arma
O crime aconteceu na Rua B. C. Chiuliuk, no Cercadinho, localidade de Ferraria. Alguns vizinhos disseram que o casal estava em fase de separação e um desentendimento teria motivado o crime.
Segundo o soldado De Lara, do 17.º Batalhão da Polícia Militar, a faca utilizada para matar Rosana foi encontrada na rua. ?O autor jogou a arma na hora da fuga. A faca foi recolhida e será levada para a delegacia?, explicou. Segundo ele, várias equipes patrulhavam a cidade atrás de Elias.