Três duplos homicídios sem pistas na Grande Curitiba

Em cerca de duas horas, seis pessoas foram assassinadas, em duplas, em Curitiba, Pinhais e Piraquara. Em pelo menos um dos crimes, a segunda vítima foi baleada, porque viu o matador, e em nenhum deles há pistas para a polícia investigar.

Por volta de 23h de domingo, na Vila Pantanal, Alto Boqueirão. José Carlos Morales, 49 anos, foi encontrado morto, no final da Rua Zires Ferreira Ribas, e, a menos de 20 metros dele, Rogério Dias de Freitas, 34. Os dois foram mortos a tiros.

Segundo Egon, cunhado de José, alguns vizinhos contaram que José era o alvo do assassino e foi morto primeiro. “O outro testemunhou o crime e foi morto para não contar quem era o assassino”, explicou. Os dois moravam na vila e segundo testemunhas, não eram amigos, mas se conheciam por frequentar os mesmos bares.

O cabo Fernando, do 20.º Batalhão da Polícia Militar, disse que, mesmo com muitas pessoas na rua, ninguém contou exatamente o que aconteceu. “Fomos chamados para conter uma troca de tiros, mas quando chegamos os dois já estava mortos.”

Piraquara

No Jardim Bela Vista, em Piraquara, Itamar Minital da Silva, 29 anos, e Ronaldo Adriano da Rocha, 24, foram baleados na Rua Nações Unidas, à 1h. Itamar morreu no local, e Ronaldo, ferido com um tiro na cabeça, no Hospital do Trabalhador.

De acordo com Valdemir, superintendente da delegacia de Piraquara, Itamar já havia cumprido pena por tráfico de drogas. “Um parente dele contou que, mesmo depois de ter ficado preso, ele voltou a traficar.” O policial irá ouvir familiares de Ronaldo para saber mais detalhes sobre sua vida.

Pinhais

Também no início da madrugada, dois jovens foram assassinados na Vila Maria Antonieta, em Pinhais. Os moradores contaram para a polícia que ouviram tiros e, em seguida, encontraram Deivid Adriano Pires de Lima, 27 anos, morto na Rua dos Luteranos.

Cerca de 30 metros do corpo, na Rua Augusto Trevisan, localizaram o um rapaz, de aproximadamente 23 anos, que não portava documento de identificação. Até a noite de ontem, o desconhecido não havia sido identificado no Instituto Médico-Legal.

Anderson Tozato
Itamar já havia cumprido pena por tráfico de drogas.
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