Trem mutila e mata mulher

Eloína T. Damião, 47 anos, ficou confusa quando viu o trem se aproximar, apitando, por volta das 20h50 de terça-feira. Ela escorregou no trilho e caiu, sem conseguir se levantar a tempo de escapar das rodas da locomotiva. A mulher teve uma perna amputada e morreu na hora. O acidente ocorreu no trecho em que a linha férrea segue junto à Rua Francisco Krueger, perto do cruzamento com a Rua Bonifácio Cordeiro, entrada da Vila Grécia, em Almirante Tamandaré.

O maquinista Jean Ricardo Santana, 26 anos, e que há dois tem este serviço, contou que freiou por cerca de 400 metros, mas não conseguiu evitar o acidente e arrastou a mulher por cerca de 30 metros. Conforme relatou, Eloína atravessava os trilhos e quando percebeu o trem, hesitou, tentou voltar e escorregou. "Ela parecia estar um pouco zonza", disse Jean. Ele levava três locomotivas e 12 vagões vazios para Rio Branco do Sul.

Moradores da região, que se juntaram para acompanhar o trabalho de resgate do corpo, contaram que Eloína tinha doença psiquiátrica e usava barbitúricos, que podem deixar o paciente com tonturas. "Todos gostavam dela. Ela sempre ia no meu comércio", disse José Borges de Souza, 40, o "Zeca do Aviário". De acordo com uma vizinha da mulher, ela tinha saído de casa poucos tempo antes de ser atropelada pela locomotiva. Eloína morava com o filho naquele bairro, mas o rapaz não estava em casa na hora do acidente.

Absurdo

Chega a ser absurdo o perigo a que são expostos os moradores próximos daquele cruzamento. O ponto de ônibus é praticamente colado à linha do trem e não há qualquer separação, entre a linha e o asfalto da Rua Francisco Krueger, uma das principais vias da cidade. "Quando o trem está passando, não dá para descer do ônibus", reclamou "Zeca do Aviário".

Ele disse já ter protocolado junto à Prefeitura pedido para que o ponto de ônibus seja mudado de lugar para evitar acidentes. Enquanto uma solução tão simples não é tomada, os passageiros têm que se "espremer" entre o ônibus e o trem, correndo o risco de ter o mesmo destino de Eloína ou de outras pessoas, que, segundo "Zeca" já foram feridas ou mortas nessa situação.

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