Trecho não duplicado da BR-116 é o campeão de acidentes

O único trecho ainda não duplicado da rodovia Régis Bittencourt – BR-116 – entre Curitiba e São Paulo é exatamente o segmento da rodovia com o maior número de acidentes. De acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal, no trecho não duplicado de cerca de 30 km, entre Juquitiba e Santa Rita do Ribeira (SP), houve 305 acidentes em 2006, com 25 mortes.

Somente nos dois primeiros meses de 2007, foram 67 acidentes: em média, mais de um por dia. O Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes (Dnit) informa que o tráfego no trecho é de 21 mil veículos/dia, sendo 70% deles, caminhões.

Vale lembrar que a Régis Bittencourt é eixo vital e de extrema importância na ligação das regiões Sul e Sudeste do País e que a duplicação se arrasta há mais de uma década. Há tempos o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Setcepar) alerta para o perigo desse trecho em pista simples e cobra solução do governo federal.

Para além do número de acidentes e vítimas fatais, a falta da duplicação causa outros transtornos. A pista simples leva a atrasos nas viagens, principalmente quando a pista precisa ser fechada por horas, por conta de acidentes, como o ocorrido na última quinta-feira, envolvendo duas carretas e uma caminhotete, com três vítimas fatais. Há ainda o prejuízo econômico causado pela perda das cargas, e também dos veículos envolvidos, o que tem onerado o custo dos seguros, alerta o presidente do Setcepar, Fernando Klein Nunes.

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