'He-Man' na cadeia

Travesti acusado de agredir cliente é preso em casa de apoio para idosos

Um travesti acusado de agredir violentamente um cliente com mais de 50 anos em janeiro do ano passado foi preso em uma casa de apoio para idosos, onde trabalhava como enfermeiro. Além dele, investigadores da Delegacia de Homicídios levaram para prestar depoimento nesta manhã um adolescente investigado por outro crime de agressão.

Raudinez Manoel Dias, 43 anos, o travesti conhecido como ‘He-Man’, de acordo com testemunhas, mantinha um relacionamento com Alcino Ricardo Dutra, 56, mas a vítima tinha ciúmes. Em depoimento, Raudinez declarou que em 4 de janeiro do ano passado Alcino teve uma crise de ciúmes e o ameaçou.

As investigações apontam que ‘He-Man’ e mais duas pessoas bateram na vítima até deixá-la desacordada na Rua José Ritmeyer, no Guabirotuba. Alcino foi encaminhado ao Hospital Evangélico, onde ficou internado por um longo período. Ele sofreu várias fraturas e contusões, teve hemorragia interna, e ficou com seqüelas das lesões.

‘He-Man’ mostrou as mãos para moradores da região no dia seguinte, e declarou que feriu os dedos de tanto bater em uma pessoa. O patrão de Alcino, desconfiando das faltas do funcionário, o procurou e descobriu que ele estava em estado grave, internado no hospital. Ele procurou a polícia.

Raudinez foi preso no início desta manhã na casa de apoio para idosos onde trabalhava como enfermeiro, no bairro Uberaba. Contra ele já vigorava um mandado de prisão pela morte de Alcino.

Outro

No mesmo horário, outra equipe de investigadores da DH foi até o Bairro Alto para cumprir um mandado de prisão e um de busca e apreensão relacionados à morte de Lucas Irik, 15 anos, em dezembro do ano passado. Um traficante que eles procuravam não foi localizado, mas durante o cumprimento do mandado de busca um adolescente de 17 anos que testemunhou o crime foi apreendido para prestar depoimento.

As investigações apontaram que Lucas tinha envolvimento com o tráfico de drogas, mas ficou devendo para integrantes da quadrilha. Ele acabou agredido até a morte com socos, chutes e golpes de capacete, no endereço em que o bando vendia e consumia drogas, no Bairro Alto. O corpo da vítima foi abandonado em uma rua calma do bairro Bacacheri.

O garoto de 17 anos apreendido no Bairro Alto negou envolvimento no crime, apesar de ter sido apontado por testemunhas como partícipe das agressões. Ele relatou que o verdadeiro mandante do crime não é traficante que vem sendo procurado. Depois de ouvido, o jovem foi liberado.