Continua incerto o futuro dos presos da Penitenciária Central do Estado (PCE). Nem mesmo a Secretaria da Justiça sabe quando 300 internos serão removidos para o antigo presídio do Ahu. Os detentos permanecem no pátio da unidade, sob vigilância de agentes penitenciários e policiais militares.
Apenas duas, das 14 galerias da PCE, foram liberadas e voltaram a alojar 400, dos cerca de 1.500 presos. Na manhã de hoje, outras duas galerias deverão ser reocupadas.
Na tarde de ontem, familiares de presos, que permanecem em frente à PCE em busca de informações, relataram ter ouvido tiros e gritaria. Porém, a polícia não se manifestou sobre o motivo da confusão.
Investigações
O Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) ouve testemunhas para apurar as responsabilidades da rebelião. Enquanto isso, o Governo do Estado afirma que o motivo foi confronto entre facções rivais, que teria sido facilitado por agentes penitenciários.
Por outro lado, o presidente do Sindicado dos Agentes Penitenciários do Paraná, Clayton Agostinho Auwerter, diz que a rebelião só foi possível por causa da determinação do governo de retirar policiais militares do interior da PCE.
Perigo
Ontem, surgiram rumores que presos do Centro de Detenção Provisória (CDR), em Maringá, e da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL), estariam ameaçando quebradeiras. Eles estariam exigindo transferência para outras cidade ou estados, as mesmas reivindicações feitas pelos detentos da PCE.
Vítimas
Três, dos seis mortos na rebelião, permanecem sem identificação no Instituto Médico-Legal. Já foram identificados Orlando Quartarolli, 24 anos, e Alexandre Carlos Simões, 21, que morreram no motim, e Carlos Alexandre Caetano, 30, que morreu no Hospital do Trabalhador, vítima das agressões sofridas durante a rebelião.
O delegado Osmar Feijó, da delegacia de Piraquara, ainda aguarda a recontagem e a identificação dos presos que restaram na PCE para confirmara se há mais mortos.