Acusada de assassinar seu marido, Osni Machado, 34 anos, com a ajuda do amante, Valdeisi Sampaio Souza foi presa, ontem, por policiais da Delegacia de Homicídios, quando trabalhava como confeiteira em um supermercado. O amante, Paulo Ricardo dos Santos, conhecido como ?Bagre?, foi preso esta semana, porque era foragido da Colônia Penal Agrícola.
O delegado Cassiano Alfiero, da Delegacia de Homicídios, informou que Osni foi baleado às 5h da madrugada do dia 27 de agosto deste ano, logo após sair de um bailão, acompanhado de sua mulher. Ao ser baleado, ele colidiu o Celta em que dirigia em um muro na Rua Jocelin Wlaton Schiavon, Umbará. Osni chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital do Trabalhador, mas não resistiu aos ferimentos.
A versão passada por Valdeisi era de que ela e o marido tinham dado carona a uma moça e iam para casa, quando um veículo branco os perseguiu e um dos ocupantes atirou. Porém, Cassiano contou que no decorrer das investigações descobriu que Valdeisi tinha um amante. ?No dia do crime, Osni e sua mulher foram a um bailão. A mulher dizia que ia ao banheiro e se encontrava com o amante?, contou o delegado. Ele disse que Osni desconfiou que algo estranho estava acontecendo e discutiu com a mulher.
Em seguida, os dois foram para casa e deram carona para a jovem. ?No meio do caminho houve a discussão. Valdeisi pediu para que o marido parasse o veículo e desceu junto com a moça. A garota foi para casa e Valdeisi embarcou no carro que vinha atrás, conduzido por Paulo Ricardo?, relatou o delegado. Segundo ele, Paulo Ricardo continuou perseguindo o Celta e efetuou vários disparos, acertando Osni, que perdeu a direção do veículo e colidiu contra um muro.
Após o crime, Valdeisi teria desembarcado do carro de Paulo Ricardo e entrado novamente no Celta. Paulo Ricardo foi embora. ?Ela colocou a cabeça do marido em seu colo para que suas roupas ficassem sujas de sangue. Depois pediu socorro?, detalhou Cassiano.
Ontem, Valdeisi foi interrogada pelo delegado e negou qualquer envolvimento na morte do marido. ?Ela continuou sustentando a primeira versão e disse que acredita que o marido foi morto por traficantes. Segundo ela, Osni comercializava drogas e era vendedor de carros apenas para dizer que trabalhava?, informou Cassiano. Nos próximos dias o delegado irá até o Centro de Triagem em Piraquara, onde Paulo está preso, para interrogá-lo.