A dentista Marina Stresser de Oliveira, suspeita de tráfico de drogas e porte ilegal de armas de uso restrito, é apaixonada por bichos. Ela até era voluntária de grupo de proteção animal. Os integrantes dessa associação ficaram surpresos ao descobrir que Marina estava presa.
“Pelo menos quanto aos cuidados com animais, ela era nota 10. Estava sempre pronta para ajudar, fosse de dia ou à noite. Vestia a camisa mesmo”, contou uma participante, que preferiu não ter o nome revelado.
Marina passou a colaborar com o grupo, que existe desde 2007, há cerca de um ano, quando adotou um cachorro que se move somente com ajuda de rodinhas, do qual cuidava.
A dentista doou um espaço próximo ao consultório em que atendia os pacientes para ser usado pelos protetores. “Não sabíamos nada da vida pessoal dela. Não éramos de frequentar a casa, nem nada do tipo”, disse a mulher.
No perfil da dentista em uma rede social – que foi deletado pouco depois da prisão – ela compartilhava diversas mensagens sobre animais, como cachorros perdidos ou que estavam para adoção.
Registro
Além de ter a ficha criminal suja, a dentista pode se complicar também na área profissional. De acordo com o Conselho Regional de Odontologia (CRO-PR), Marina está registrada no órgão desde agosto de 2010. A situação do registro até o momento está legal.
O CRO-PR deve aguardar a conclusão do inquérito e, se confirmadas as denúncias contra a dentista, deve ser instaurado processo ético-administrativo junto ao órgão, que pode levar à cassação do exercício profissional.