Tráfico promove matança de “vapores” na CIC

Três homens ocupando um Golf (ou Gol) escuro estão eliminando “vapores” (pequenos traficantes) na Cidade Industrial. A informação é do superintendente Miguel Gumiero, da Delegacia de Homicídios. De acordo com o policial, o trio já matou pelo menos três pessoas e feriu uma nos últimos dias. A última vítima foi Elessandro Saldanha Caparrosa, 24 anos, o “Chulé”, executado na madrugada de quarta-feira, no Umbará. Horas antes, às 22h15 de terça-feira, o mesmo trio executou João Carlos da Cruz Rosa, 17, no Conjunto Itatiaia, na Cic. Na ocasião, a mãe dele, Roseli da Cruz, 39, grávida de seis meses, foi baleada na perna, pelas mesmas pessoas. Outro crime, praticado pelo trio, foi o que vitimou Altair Cordeiro, conhecido por “Du Bode”, 24, que aconteceu no dia 16 deste mês.

O superintendente Miguel Gumiero informou que as investigações apontaram que “Chulé” e João Carlos eram viciados em drogas e para sustentar o vício trabalhavam para um grande traficante da Cidade Industrial. Os rapazes eram os chamados “vapores”. “Eles pegavam uma quantidade de droga para vender, mas consumiam o lucro e mais um pouco. Estavam devendo. Quando isso acontece, o traficante manda executar para impor respeito e para amedrontar outros vapores. É um aviso: se não pagar vai ter o mesmo fim”, explicou o superintendente.

Suspeitos

A polícia já tem o nome dos três suspeitos, que usam o Golf (ou Gol) para executar as vítimas, e também a identificação do mandante. “Estamos trabalhando. Nas próximas horas, teremos novidades”, prometeu. Gumiero informou ainda que está investigando a participação do trio em outras mortes ocorridas na região nos últimos dias. “Por enquanto preferimos não falar sobre elas porque ainda estamos trabalhando nestes casos para verificar e provar a ligação entre eles”, informou o policial.

Ainda de acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios, “Du Bode” foi executado também pela guerra do tráfico, mas não porque trabalhava para o grande traficante da Cidade Industrial, e sim porque era seu principal rival.

Mortes

Elessandro Saldanha Caparrosa, o “Chulé”, foi obrigado a ficar de joelhos para ser executado com um tiro na cabeça, num terreno baldio a 50 metros da Estrada do Ganchinho, no Umbará. O projétil entrou no alto da cabeça, saiu pelo céu da boca e foi parar no solo. “Chulé” morava nas proximidades e era viciado em crack. Testemunhas viram o Golf (ou Gol), prata, no local do crime no início da madrugada, mas o corpo do rapaz só foi localizado às 9h30 de quarta-feira.

João Carlos da Cruz Rosa, 17, foi executado na Rua Dari Vargas, Jardim Itatiaia. A uma quadra dali, os criminosos atiraram na perna da mãe dele, Roseli da Cruz, 39, que foi levada pelo Siate ao Hospital do Trabalhador.

Mais um

Acusado de ser um dos principais traficantes da Cidade industrial, Altair Cordeiro, 24, o “Du Bode”, foi executado com sete tiros, às 22h30 do dia 16 de setembro, na Cidade Industrial. De acordo com a polícia, apesar da pouca idade, o jovem já tinha um passado criminoso considerável, inclusive uma tentativa de arrebatamento de presos no 11.º Distrito Policial (CIC). “Du Bode” foi eliminado, segundo a polícia, pela guerra de domínio do tráfico de drogas da região.

Ele trafegava com sua motocicleta Honda Titan, placa AU-2432, pela Rua João Chede em direção ao bairro, quando foi perseguido e alcançado por um veículo de cor prata, provavelmente um Golf, cujos ocupantes efetuaram vários disparos. Cinco deles atingiram o lado do corpo do rapaz e dois a cabeça. Devido a velocidade, a motocicleta caiu e foi arrastada por alguns metros. “Du Bode” tombou morto em frente ao número 3135, próximo ao cruzamento com a Rua José Rodrigues Pinheiro.

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