As mortes de Sebastiana Aparecida Makin de Almeida da Silva, 33 anos, e Luciana Moura, ocorridas nos dias 5 e 8 de setembro, estão ligadas ao tráfico de drogas na região da Vila Sandra, Cidade Industrial de Curitiba. Essa é a conclusão das investigações realizadas pela Delegacia de Homicídios.
Por volta das 22h do dia 5, Sebastiana estava com o marido Roberto Santana da Silva, 38, e o filho, na Rua Domingos Farias Soares quase esquina com a Rua São Luiz, Campo Comprido. A família foi abordada por um homem conhecido por “Pablo” – identificado posteriormente como Marco Aurélio Karvati – que teria dito a Roberto: “Você me deve R$ 30,00”. Como o devedor não tinha dinheiro, “Pablo” sacou a arma e apontou para Sebastiana disparando por duas vezes. Depois mirou em Roberto e descarregou o revólver. O garoto saiu correndo e por isso não foi atingido. Sebastiana morreu no local e Roberto foi internado no Hospital Evangélico por alguns dias e depois liberado.
De acordo com as investigações da DH, “Pablo” cometeu o crime utilizando um Monza verde que, posteriormente, foi deixado em sua casa para não ser identificado. Três dias depois de matar Sebastiana, “Pablo” saiu em companhia de um amigo e de Luciana utilizando um Gol. Na Avenida Juscelino Kubitscheck de Oliveira, na Cidade Industrial, ocorreu um tiroteio envolvendo o Gol e um Tempra cinza. Os ocupantes do Tempra efetuaram diversos disparos deixando o Gol crivado de balas.
O condutor do veículo – identificado como Marco ( “Pablo”) – foi ferido e perdeu a direção do veículo. Luciana, que o acompanhava, recebeu pelo menos seis tiros e morreu. Um terceiro indivíduo, não identificado, fugiu ileso do local. Várias cápsulas de pistolas calibre 380 e nove milímetros foram encontradas. “Pablo” continua internado no Hospital Evangélico, com uma bala alojada na espinha, e será indiciado pela morte de Sebastiana e a tentativa de homicídio de Roberto.
A polícia tenta agora desvendar o quebra-cabeça das duas mortes e saber qual a verdadeira motivação para elas. “Pode ser vingança, mas as mortes estão ligadas de alguma forma ao tráfico de drogas”, ressaltou o superintendente da DH, Miguel Gumiero. Outra morte pode ter relação com essa história. Luciano Hortêncio, companheiro de Roberto, foi assassinado no dia 7 de agosto, poucos dias depois de sair da prisão. Ele também teria envolvimento com entorpecentes. Roberto e “Pablo” possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas. “Pablo” esteve preso durante um ano e oito meses em Santa Catarina e Roberto ficou detido no 13.º DP no Tatuquara (Curitiba). As mulheres mortas não tinham passagem pela polícia. Informações sobre esses crimes podem ser passadas à DH pelo (41) 224-1348. Não há necessidade de se identificar.