Uma rota de tráfico de drogas que partia de Santa Catarina, passava pelo Paraná e voltava ao Estado vizinho foi desmantelada pela Delegacia de Fazenda Rio Grande. Cerca de 280 gramas de crack – que poderiam render pelo menos R$ 5 mil – estavam em poder de dois homens, presos em flagrante na tarde de segunda-feira.
Há aproximadamente 15 dias, um denunciante revelou à delegacia que um homem conhecido como “Gílson” recebia droga no município para revender em Lages (SC). Na investigação, a polícia descobriu que o suposto traficante viajaria segunda-feira para Santa Catarina. Ao meio-dia, Gílson Boulade, 34 anos, foi preso com 230 gramas de crack num ponto de ônibus, em frente à casa dele, no bairro Gralha Azul.
Segunda entrega
Gílson revelou que recebia a droga de um certo “Hélio” e, orientado pelos policiais, acertou com ele o recebimento de nova remessa. No local combinado para a entrega, Hélio Pires, 30 anos, morador de Joinville, apareceu com mais 50 gramas de crack e recebeu voz de prisão.
Segundo o investigador Soccol, Gílson mantinha uma banca de venda de capas e carregadores de telefones celulares, calculadoras e outras “bugigangas”. “Era a fachada para negociar a droga”, disse o policial.
Segundo o superintendente da delegacia, Valdir Bicudo, a droga apreendida poderia ser quebrada em 1.000 pedras menores, que seriam revendidas por R$ 5,00 a R$ 10,00 cada, no “varejo”.
Os detidos preferiram assumir o crime. “Ganho a vida vendendo carregadores. A droga não dava muito”, afirmou Gílson. Hélio disse que conheceu o comparsa há um mês, em Curitiba, e que receberia R$ 600,00 pelos 50 gramas encomendados. Ele alegou que era o primeiro negócio feito com Gílson, mas a polícia não acredita na versão.
Os dois acusados foram presos em flagrante por tráfico de drogas. Apenas Hélio já responde inquérito policial, por acidente de trânsito com vítima.