Traficantes na cadeia em Maringá

Onze pessoas acusadas de integrar uma quadrilha de traficantes, que agia há dois anos em Maringá, foram presas ontem de manhã por policiais do Núcleo de Repressão ao Tráfico de Drogas. O delegado Osmar Dechiche, chefe da Divisão de Narcóticos (Dinarc), informou que o grupo estava sendo investigado há quatro meses. ?Temos mais operações semelhantes em andamento e teremos novidades em breve. Nos últimos dias já desbaratamos três quadrilhas, incluindo esta, outra também em Maringá e uma em Curitiba?, disse.

Dechiche informou que Maringá é uma rota importante do tráfico de drogas. ?É uma cidade que fica em um entroncamento com acesso para Foz do Iguaçu, Guaíra e municípios lindeiros – que fazem divisa com o Paraguai. Por isso estamos desenvolvendo várias investigações naquela região?, avisou.

Ele disse que os policiais, coordenados pelo delegado Cristiano Augusto Quintas dos Santos, monitoraram o grupo durante meses. ?Apuramos que a quadrilha era especializada na comercialização de crack e cocaína na região de Maringá. Eles dominavam este mercado?, salientou.

Segundo Dechiche, durante as investigações foi preso Vágner Solei Flores, 20 anos, que portava 400 gramas de cocaína. Ontem, os outros onze integrantes da quadrilha foram detidos. ?Já tínhamos apurado que ele fazia parte da quadrilha, mas como estava em flagrante, o prendemos no último dia 7?, contou.

Prisões

Depois disso, a polícia solicitou à Justiça os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão. Às 6h de ontem, policiais da Dinarc, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) e da 9.ª Subdivisão de Maringá iniciaram a operação. Simultaneamente foram cumpridos onze mandados de prisão. Entre eles, o de Leni Ferreira Guido, conhecida como ?Bolinha?, 38 anos, apontada como uma das líderes do grupo. Os policiais percorreram diferentes bairros da cidade para cumprir os demais mandados. ?Isso demonstra que o grupo dominava o tráfico em Maringá?, ressaltou Dechiche.

Com o grupo a polícia apreendeu 39 pedras de crack (prontas para a comercialização), 10 gramas da mesma droga, que ainda estava em pedra bruta, uma ?bucha? de maconha, 21 celulares, R$ 170, uma balança de precisão, eletroeletrônicos, sete cartuchos calibre 22, além de um carro e uma motocicleta.

De acordo com as investigações, os eletroeletrônicos e os celulares eram usados como moeda de troca por droga. O delegado Osmar Dechiche disse que além do tráfico de drogas, os integrantes da quadrilha também estão envolvidos em outros crimes, como roubos e homicídios. ?Ainda estamos trabalhando para identificar as vítimas destes crimes. Já temos algumas, mas acreditamos que existem muito mais?, adiantou Dechiche.

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