Após dois meses de investigações, policiais do 11.º Distrito Policial (CIC) prenderam Sandra Ribeiro de Lima, 40 anos, na Vila Nossa Senhora da Luz, Cidade Industrial. Na casa da mulher a polícia encontrou 26 pedras de crack. Outra pedra grande – pesando 34 gramas – e mais 113 pequenas estavam enterradas no quintal embaixo de uma árvore. Na caixa de correio foi encontrada uma pequena porção de maconha.
O delegado Sérgio Taborda, titular do distrito, informou que os policiais receberam diversas informações que Sandra era uma das grandes traficantes da Nossa Senhora da Luz. Ontem, por volta do meio-dia, os policiais viram uma pessoa entrar na residência, na Rua Domingos Meneguetti, na Praça Central. Minutos depois, a pessoa deixou o local e os policiais entraram. "Dentro da casa estavam as 26 pedras que seriam revendidas pelo valor de R$ 10,00 cada. Foi quando Sandra recebeu voz de prisão", explicou o delegado. Na seqüência, os policiais se dirigiram até um pé de mimosa e cavaram em volta, encontrando a droga. "Eles já tinham informações que ela enterrava a droga próximo a uma árvore. A Sandra informou que estas pedras seriam negociadas por R$ 5,00, por serem menores", salientou o delegado. Ele relatou que a maconha estava na caixa de correio da nora de Sandra, mas que como não tinha como comprovar de quem era, a droga só foi recolhida.
Negativa
Sandra alegou que a droga encontrada em sua casa pertencia a seu marido, que há 20 dias morreu de infarto. "Eu não sou traficante. Nunca tive passagens pela polícia. Estou escondendo o rosto porque estou com vergonha de estar aqui", afirmou a mulher.
Já Taborda disse não ter dúvidas de que ela estava comercializando drogas. "Nossos policiais ficaram 60 dias no local. Apuramos que após a morte da traficante "Evinha do Pó’, a vila, que era dividida em duas pelo tráfico, foi tomada por diversas pessoas que ganharam força. Hoje nem a traficante Eva nem o Eder, estão mais na Vila", disse o policial. Taborda adiantou que os policiais do distrito estão na região para identificar todos os traficantes da Nossa Senhora da Luz. "Sabemos que são muitos, mas ainda é cedo para dizer quantos", salientou o delegado.
