Pinhais

Traficante mata patrão para tomar conta da boca

Ao perceber que seu patrão no tráfico de drogas faturava alto com a venda de crack, Edilson Tavares de Moraes, 22 anos, resolveu desbancar o chefe e tomar conta do negócio.

De acordo com a polícia, foi com esse propósito que o jovem arquitetou uma chacina, que matou quatro pessoas, em agosto, em Pinhais e Curitiba. A matança foi praticada na companhia de um adolescente, de 16 anos, que está foragido.

Conforme foi apurado nas investigações, Edilson trabalhava para Fábio Roberto de Oliveira, 28 anos, como gerente de uma boca de fumo. ‘Em seu depoimento, ele declarou que o patrão movimentava cinco quilos de crack por semana‘, disse o delegado de Pinhais, Fabio Amaro. Edilson teria se fascinado com o dinheiro que Fábio ganhava e decidiu assumir o negócio do chefe.

Na madrugada de 28 de agosto, ele e o adolescente foram até a casa de Fábio, na Rua Adalberto de Andrade, na Vila Maria Antonieta, em Pinhais. Armado com uma pistola calibre nove milímetros, que ganhou do patrão para cuidar da boca de fumo, Edilson executou Fábio e o amigo Wellington Braz Dias, 27, com tiros na nuca.

De acordo com o delegado, os dois jogavam videogame quando foram surpreendidos pelos assassinos. Para não deixar pistas, os criminosos retiraram um computador da residência, com filmagens de câmeras de segurança, e o colocaram na caminhonete de Fabio.

Em seguida, a dupla foi até a casa do pai de Fabio, Roberto de Oliveira, 46, na Rua Anne Frank, no Boqueirão. ‘Era nesta residência que acontecia a compra e a venda das drogas‘, explicou o delegado.

Os marginais arrombaram a porta, invadiram o local e mataram Roberto e Simone Ribeiro Czaikowski, 27, com vários tiros. Após os quatro assassinatos, Edilson e o adolescente abandonaram a caminhonete de Fábio, em São José dos Pinhais, e queimaram o veículo com todos os objetos que havia no interior.

Prisão

Poucos dias depois da chacina, Edilson se apresentou à Delegacia de Homicídios, acompanhado de um advogado, e negou envolvimento no crime. Ele foi ouvido e liberado.

Recentemente, o acusado recebeu uma intimação para comparecer na delegacia de Pinhais, também para tratar da chacina. ‘Porém, desta vez, ele estava com mandado de prisão decretado. Ele achou que seria novamente liberado, mas ficou detido‘, contou o delegado.

A arma do crime não foi encontrada. Edison, que continua negando o crime, admitiu que pegou a arma emprestada de Fábio, mas que repassou para outra pessoa. A polícia também solicitou o mandado de busca e apreensão do comparsa adolescente, que segue foragido.

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