O ex-presidiário João Leal, 49 anos, correu em desespero quando encontrou com o homem que desejava matá-lo. Buscou refúgio no Hotel Santo Antônio, Avenida Visconde de Guarapuava, Centro, onde estava hospedado, mas não passou da portaria e tombou morto com três tiros, às 23h de quarta-feira. A polícia tem o nome de um suspeito, mas não sabe seu paradeiro nem os motivos do crime.
João saiu em 21 de dezembro de 2002 da Penitenciária Estadual de Piraquara (PEP), onde cumpriu pena por tráfico de drogas -o alvará de soltura foi o único documento encontrado pela polícia no quarto do hotel. O estabelecimento, de instalações muito simples, estaria abrigando o homem desde fevereiro, embora não houvesse registro ou ficha com a data de entrada. Na noite de quarta, testemunhas viram apenas o hóspede entrar correndo no prédio, perseguido pelo assassino. João levou os tiros na cabeça e morreu na hora.
Pista
Um pista deixada pelo matador parecia encaminhar o caso para a solução: uma chave que trazia gravados o número 51 e o nome de uma pensão. Investigadores da Delegacia de Homicídios já haviam apurado que o autor seria um homem chamado Nivaldo, conhecido como “Cabelo”, que estaria morando numa pensão na Rua Saldanha Marinho.
Mas a polícia frustrou-se ao saber que na pensão não havia quarto número 51, muito menos morador chamado Nivaldo ou “Cabelo”. Assim, a polícia aguarda informações de parentes e amigos da vítima para descobrir motivos e confirmar a autoria do crime.