A Superintendência da Polícia Federal em Curitiba deve receber, nos próximos dias, todos os documentos, armas, dinheiro, computadores e equipamentos eletrônicos apreendidos durante a operação Columbus, desencadeada anteontem em cinco estados brasileiros e ainda na cidade de Miami (EUA). Ontem, a polícia divulgou um balanço completo sobre as apreensões, mas mantém em sigilo o nome dos oito presos – quatro deles no Paraná – em virtude do segredo de Justiça decretado para a operação. A operação desarticulou um esquema internacional milionário de sonegação de impostos que atuava em pelo menos cinco países.

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A cidade onde houve maior número de apreensões foi Foz do Iguaçu, local onde foi capturado também o empresário apontado como principal articulador do esquema, sócio de conhecidas empresas de produtos eletrônicos e de informática utilizadas para receber mercadorias subfaturadas. Em posse dele, duas pistolas, uma delas de uso restrito da polícia, foram encontradas. Também foram apreendidas em Foz outras duas armas, uma pistola, e uma escopeta, além de US$ 20 mil em dinheiro e 70 munições de diversos calibres. Diversos documentos foram recolhidos pela polícia.

Em Curitiba, onde outro empresário do ramo de informática foi preso, a PF também apreendeu computadores e documentos que comprovariam as importações fraudulentas, assim como na Bahia. Já em Minas Gerais foram encontrados R$ 11 mil e apreendidos ainda diversos computadores, grande quantidade de documentos, além de câmeras digitais e até um videokê. Um fiscal da Receita Federal mineira é investigado, suspeito de participar do esquema. Em São Paulo, onde quatro empresários foram presos, também foram levados pela polícia diversos documentos.

A quadrilha desarticulada pela operação movimentava cerca de US$ 250 milhões em mercadorias por ano, sonegando anualmente R$ 50 milhões em impostos. O nome Columbus é devido ao fato de que as empresas investigadas têm a figura da nave espacial como marca.

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