A desembargadora Sônia Regina de Castro, da 3.ª Câmara da Vara Criminal do Tribunal de Justiça, deve decidir no começo da semana se concede liberdade a Juarez Ferreira Pinto, 42 anos, preso há quatro meses, acusado de matar Osíris Del Corso e balear Monik Pegorari Lima, no Morro do Boi, em Matinhos, em 31 de janeiro.
O pedido de habeas corpus foi protocolado no TJ pelos advogados de defesa de Juarez, após Paulo Delci Unfried, 32, confessar o crime na terça-feira. Ele permanece preso na Casa de Custódia de Curitiba, Cidade Industrial. Paulo foi transferido, ontem, para o Centro de Triagem II, em Piraquara.
Depoimento
As promotoras Carolina Dias Aidar de Oliveira e Fernanda Maria Motta Ribas, do Ministério Público, tomaram o depoimento de Paulo, logo após ele confessar o crime à polícia. Elas não permitiram que os delegados acompanhassem o interrogatório. Para a leitura da confissão, convocaram como uma das testemunhas o delegado que comandou as operações, Luiz Alberto Cartaxo Moura, chefe da Divisão Policial do Interior (DPI).
As investigações continuam sob sigilo temporário, decretado pelo juiz de Matinhos, e as promotoras devem pedir novas investigações para Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do MP, designado especialmente para acompanhar o caso. A reconstituição dos crime, com base na versão de Paulo, também será feita com data ainda a ser marcada.
Isolado
Paulo deverá ficar em uma cela isolada, no Centro de Triagem II, até passar pelo período de adaptação na nova cadeia. Provavelmente receberá atenção especial já que tentou se enforcar na carceragem de Matinhos. Ele responde por estupro e roubo naquele município e está indiciado por homicídio culposo, provocado em acidente de trânsito.
Monik continua a afirmar que o autor do crime é Juarez, mesmo diante de provas que incriminam Paulo, como a lanterna descrita por ela, a arma do crime, cuja balística deu positiva e a confissão. Ela deverá ficar à frente de Paulo na acareação, marcada para dia 23, no Fórum de Matinhos.
