Dois homens foram baleados, por volta das 14h15 de quarta-feira (06), na Rua Conselheiro Laurindo com a Travessa Itararé, perto do terminal Guadalupe, no Centro. A polícia suspeita que a dupla foi vítima de acerto de contas, já que a região é conhecida pelo intenso tráfico de drogas. Há cerca de um mês, um assaltante foi baleado no terminal, e em maio, um garoto, de 16 anos, baleou dois adolescentes na mesma região.
Testemunhas disseram ontem que a dupla passava em frente a uma lanchonete, ao lado de uma boate erótica, quando foram surpreendidos pelo atirador. Uma das vítimas, de 28 anos, foi baleada na barriga, segundo a Polícia Militar, correu por uma quadra e meia e caiu na frente de uma loja de presentes. “Ele só pedia socorro. Não disse mais nada. Então eu chamei o Siate”, disse o proprietário. O rapaz foi encaminhado ao Hospital Evangélico em estado grave. A outra vítima, aparentando 35 anos, foi ferida na cabeça e no pescoço. Segundo a PM, ele correu quatro quadras até a Rua Doutor Faivre, onde foi socorrido e levado ao Hospital Cajuru.
O atirador foi visto entrando num Sandero vermelho. Algumas usuárias de droga da região disseram ao delegado Rubens Recalcatti, do 1.º Distrito Policial, que uma motocicleta dava cobertura ao atirador. O delegado pretende analisar câmeras da região.
Tumulto
Os tiros paralisaram a região. Comerciantes, já acostumados com a presença de assaltantes, traficantes e usuários de droga, disseram não ter visto nada. “Mesmo se eu visse, não ia falar”, disse um idoso. A funcionária de uma loja, que preferiu não se identificar, contou que ouviu “vai dar tiro” e se jogou no chão com os colegas. “Meu medo era que eles entrassem aqui. Já fui assaltada quando estava dentro do carro e já fiquei com uma arma apontada na cabeça”.
Violência
Há um mês, um assaltante foi baleado por policiais prestes a roubar um pedestre no terminal. Paulo César Miranda, 47 anos, o “Doutorzinho”, tentou fugir, mas foi baleado e seu comparsa conseguiu escapar. Em junho, um adolescente, de 16 anos, se apresentou na Delegacia de Homicídios por ter atirado contra dois garotos, de 15 e 17 anos, na Rua João Negrão, em maio. O suspeito alegou que atirou em legítima defesa, mas as vítimas relataram que foram baleadas porque ficaram devendo CDs e DVDs apreendidos pela polícia.