Começou num dos muitos bares clandestinos do Jardim Guarituba, Piraquara, o confronto armado que matou uma pessoa e feriu outras seis na madrugada de 1.º de janeiro. A delegacia local ouviu ontem alguns dos feridos no tiroteio, que teve perto de 100 testemunhas e uma vítima de bala perdida.
Segundo Valdir Bicudo, superintendente da delegacia, Fábio Soares, 20 anos, voltava da casa da namorada quando começou o confronto. ?Ele se jogou ao chão e esperou o fim dos tiros, que duraram de cinco a seis minutos?, contou o policial. Fábio foi atingido por um tiro e hospitalizado, mas não corre risco de morte.
Vítimas
O estado mais delicado é de José Augustin, 20 anos, que levou sete tiros. Laudelino Freire Araújo, 29, baleado três vezes, também está na UTI do Hospital Cajuru. Um garoto de 13 anos, com quatro tiros na perna, e outro de 16, baleado uma vez, continuam internados. Sérgio Luiz Sutil, 29 anos, atingido por um projétil, já recebeu alta. Emerson da Fonseca Oliveira, 20 anos, morreu na hora, com um tiro nas costas.
Em contato com os feridos, a delegacia de Piraquara apurou que estavam juntos em um grupo José Augustin, um rapaz identificado apenas como Paulo, que escapou ileso, e o garoto de 13 anos. Todos os demais pertenciam a outro grupo, que entrou em confronto com o trio. ?O menor afirma que ele e seus amigos estavam desarmados, mas três membros da outra gangue foram atingidos?, estranhou Bicudo.
Segundo a polícia, o tiroteio foi promovido com pelo menos quatro armas – uma delas estava com Emerson e as demais não tiveram proprietários identificados. Ao todo, mais de 50 tiros foram disparados.
O superintendente disse ainda que irá indiciar o proprietário do ?Bar do Robô?, na Rua Anália Martins da Silva, onde começou o confronto. Segundo Bicudo, 22 bares clandestinos foram fechados recentemente nos bairros Guarituba e Holandês, mas ainda há 60 deles funcionando irregularmente.
