Na lanchonete Nossa Senhora Aparecida, na Avenida João Bettega, Portão, faltou proteção e sobraram tiros. Na tarde de ontem, um policial civil foi baleado ao tentar impedir um assalto dentro do estabelecimento. Ele está hospitalizado. Em meio aos disparos, um dos bandidos morreu.
A troca de tiros foi desencadeada por um assalto frustrado. Por volta das 14h, um homem foi até a agência bancária, a duas quadras da igreja do Portão, e sacou R$ 3 mil. Sem perceber que era seguido por dois bandidos em uma moto, ele caminhou até a lanchonete, onde sentou para almoçar.
Ali também almoçava o investigador do 11.º Distrito Policial (CIC) Isaías Emanuel Garcia, 44 anos.
Tiros
O bandido identificado como Tiago Gomes Pereira, 25, o ?Tiaguinho?, entrou na lanchonete e deu voz de assalto, enquanto seu comparsa esperava do lado de fora. De acordo com o investigador Jahfar Sadek, do 8.º DP (Portão), o policial preferiu dar um soco no assaltante a sacar a pistola ponto 40 que carregava. Os dois entraram em luta corporal e, de repente, começou a troca de tiros.
Tiago, armado com um revólver calibre 38 lixado, atirou contra Isaías, que revidou. Em meio ao tiroteio, por pouco a cozinheira não foi atingida. As marcas dos disparos podiam ser vistas nas paredes, portas, vidros e até mesmo na lata de azeite que estava sobre o balcão. A vítima do assalto saiu ilesa.
Morte
Baleado na cabeça e na barriga, Tiago ainda tentou correr, mas caiu na calçada. Ele havia sido preso em Colombo, no começo do mês passado, por assalto, formação de quadrilha e receptação, mas foi solto por alvará de soltura dias depois.
O policial, ferido com um tiro no peito e outro no ombro, foi levado ao Hospital do Trabalhador, onde sofreu uma cirurgia. Apesar de a bala ter perfurado seu pulmão, até o início da noite de ontem seu estado de saúde era estável. Segundo o superintendente Barbosa, do 11.º DP, Isaías sempre costuma almoçar na lanchonete. Ele trabalha há três meses no distrito e está na Polícia Civil há mais de 25 anos.
Policiais do 8.º DP procuram pelo comparsa de Tiago, que teria fugido com a moto usada para seguir a vítima. Nenhuma testemunha soube dizer a placa do veículo. Sabe-se apenas que é uma moto Honda XL, de cor escura.
