| Átila Alberti |
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| Assaltante foi abandonado ferido pelo cúmplice e morreu. |
Em plena luz do dia, um tiroteio em frente ao Shopping Cidade, na Avenida Marechal Floriano, Vila Hauer, gerou pânico entre freqüentadores do estabelecimento e entre os que passavam pela rua. Após roubar duas sacolas repletas de jóias da Joalheria Big Ben, quadrilheiros trocaram tiros com um policial militar que estava no shopping. Um dos marginais, Michel Andrius Seixas Carneiro, 27 anos, foi preso no local. Outro integrante do bando – a princípio identificado como Guilherme Afonso Franco Mundo, 19, – foi encontrado morto em Piraquara, horas depois. No final da noite, policiais descobriram que o documento não pertencia ao bandido morto, e que provavelmente foi roubado. O corpo permanece no Instituto Médico Legal, sem identificação oficial.
Por volta das 13h, quatro homens fortemente armados invadiram o shopping e foram até a joalheira. Lá, o grupo rendeu os funcionários e ordenou que as mercadorias fosse colocadas em duas sacolas. Em seguida, eles deixaram o local com as armas nas mãos. Um policial militar, que fazia compras no shopping, presenciou o assalto e assim que os bandidos deixaram o estabelecimento tentou abordá-los. Os assaltantes atiraram contra ele e este revidou, dando início ao tiroteio, que segundo testemunhas, resultou em mais de 30 disparos.
No confronto, o PM baleou o suposto Guilherme no peito e na virilha. Mesmo ferido, o rapaz embarcou em um Fiat Uno de cor azul, junto com um de seus comparsas. O outro marginal fugiu em uma CG-125. O grupo abandonou Michel no local e o assaltante foi preso em seguida, com uma das sacolas com as mercadorias. Dentro do camburão ele contou que é de Santa Catarina e está morando em Curitiba há dois meses. Segundo ele, seus comparsas – o morto e dois homens identificados como Eder e "Negão" – também são do estado vizinho. O preso ainda alegou que foram eles que planejaram o roubo e o convidaram para participar do crime.
Morto
Enquanto o PM trocava tiros com os marginais, funcionários da joalheria apertaram o alarme que aciona o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), cujos policiais se dirigiram para o local, e auxiliaram nas buscas.
Por volta das 14h, policiais do 17.º Batalhão de Polícia Militar foram avisados que havia um corpo jogado nas margens da estrada do Bugio, perto da BR-277, em Piraquara. No local, moradores contaram que viram quando o indivíduo foi jogado de dentro do Fiat Uno. O condutor do veículo ainda parou em uma moradia avisando que havia um homem baleado, que precisava de socorro, porém o sujeito morreu logo após ser abandonado pelo comparsa.
Ao lado do corpo os policiais encontraram um relógio e uma aliança da joalheria. Com Guilherme ainda foram recolhidas duas armas – um revólver calibre 22, carregado, e outro calibre 38, com algumas cápsulas deflagradas. Junto com ele os policiais recolheram documentos que o identificaram, além de um cartão magnético de uma multinacional. Até o final da noite policiais do Cope ainda tentavam localizar o Fiat Uno, a motocicleta e os outros dois integrantes da quadrilha.