O dono de uma empresa de construção civil conseguiu escapar, por volta das 17h de ontem, de um seqüestro. Após os bandidos exigirem que ele fosse para o banco de trás de seu Doblô, o empresário conseguiu sair do veículo e pedir ajuda aos seguranças de um shopping. Vendo-se cercados pelos seguranças, os bandidos abandonaram o carro no estacionamento do estabelecimento e fugiram a pé, em direção a um hipermercado em frente. Um cliente do mercado acabou baleado, durante a troca de tiros entre bandidos e seguranças.
De acordo com a vítima, que prefere não ter seu nome divulgado, os bandidos haviam lhe telefonado, interessados em seus serviços. Um encontro foi marcado na BR-277, no Mossunguê, em Curitiba. Quando se encontraram, um dos dois bandidos revelou estar com fome, sugerindo que o grupo fosse até o shopping próximo para fazer um lanche enquanto conversavam. Quando vítima e bandidos entravam no carro no estacionamento do Park Shopping Barigüi, os bandidos – um deles armado – identificaram-se como policiais e pediram para que o construtor fosse para o banco de trás do Doblô. O empresário pediu as identificações dos policiais, e, como a dupla não forneceu documentos, percebeu tratar-se de um golpe. No momento em que se mudaria para o banco de trás, a vítima conseguiu escapar e chamar a segurança do shopping.
O empresário contou que, imediatamente, os seguranças do estabelecimento se comunicaram por rádio e as saídas do shopping foram bloqueadas. Vendo que não poderiam sair de carro, os bandidos fugiram a pé em direção ao estacionamento do Carrefour Champagnat, em frente ao shopping. Durante uma troca de tiros, um cliente do mercado foi baleado no pulso. A vítima foi socorrida pelo Siate e levada, sem gravidade, ao Hospital Evangélico. Os bandidos conseguiram se embrenhar num matagal atrás do supermercado e fugir.
Tiros
Segundo a PM, existe a dúvida de quem trocou tiros com os bandidos, se foram seguranças do shopping ou do hipermercado. As assessorias de imprensa de ambos os estabelecimentos alegaram que seus profissionais não andam armados, portanto não poderiam ter atirado.
