Preocupada com o barulho que vinha do lado de fora de sua residência, Margarida Anédis Ribeiro Borille, 48 anos, foi até a janela ver o que acontecia e foi morta com um tiro na testa, na noite de segunda-feira. O crime aconteceu na Rua Maria da Luz Roquembauer, no Xapinhal. Segundo a polícia, Margarida era envolvida com o tráfico de drogas na região.
Testemunhas relataram que dois indivíduos se aproximaram da residência, por volta das 22h30, e chamaram pelos moradores no portão. O filho de Margarida, Willian, foi atender e, ao ver o jovem, a dupla perguntou por um rapaz chamado Paulo. Embora não soubesse quem era Paulo, Willian caminhou na direção dos indivíduos, que começaram a atirar. Na confusão, o morador se abaixou e escapou dos disparos. Porém, Margarida, que tinha ido à janela por causa do barulho, foi atingida. Em seguida, os marginais fugiram e não foram localizados.
Apelido
A polícia já tem o apelido de um dos assassinos, que seria um morador da região. A casa dele recebeu tiros na noite anterior, o que levantou a hipótese de vingança. Investigadores da Delegacia de Homicídios tentaram identificá-lo e descobriram que ele seria autor de outros dois homicídios na região.
Familiares de Margarida afirmaram à polícia que não sabem quem é Paulo nem o que motivou os disparos. “A história está confusa. Paulo pode ter sido um nome inventado no local, para desvirtuar a situação e o alvo seria mesmo Willian”, supôs o superintendente Dilso Morgerot, da DH. Segundo Dilso, a região onde Margarida foi morta é tomada pelo tráfico de drogas. “Outros homicídios foram cometidos nesse local. Tenho certeza que envolvimento com droga motivou o crime. Acredito que, com o esclarecimento desse homicídio, outros virão à tona”, contou.