O delegado Sebastião Santos Ramos Neto, da Delegacia de Homicídios, informou que irá ouvir os quatro garotos que presenciaram a morte do estudante Anderson Froese de Oliveira, 18 anos, que aconteceu às 2h15 da madrugada de sábado, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, próximo ao viaduto, no Parolin. “Queremos saber o que estes jovens presenciaram”, disse o policial. Ele comentou que a princípio se trata de uma abordagem normal feita por policiais militares. “Familiares do Anderson contestaram esta versão, mas por enquanto o que temos é a versão do adolescente que foi detido por porte ilegal de arma e dos policiais”, disse.

Versões

O delegado acrescentou que também aguarda o resultado do exame de luva de parafina, realizado em Anderson, que comprovará se ele realmente atirou e o da necropsia. O estudante foi morto com um tiro na cabeça. “Eu conversei com o menor, detido na Delegacia do Adolescente, e ele relata que o Anderson realmente tinha um revólver e uma pistola e atirou contra os policiais. Ele disse ainda que Anderson tentou repassar uma das armas para ele, que não aceitou, e que havia conhecido, o estudante que morreu, naquele instante”, acrescentou Sebastião.

A versão do menor foi contestada pelos outros jovens que estavam juntos. Eles conseguiram escapar da abordagem, mas viram o momento em que Anderson foi atingido. Eles dizem que todos eram amigos há muito tempo e ficaram atônitos com o depoimento do outro menor.

Os garotos contaram que perderam o ônibus da madrugada e por isso estavam retornando para casa a pé. De repente, se aproximou um veículo e todos saíram correndo. Só Anderson e o menor ficaram para trás e foram abordados.

PM

O coronel Bettes, do 13.º Batalhão, que comanda os policiais do serviço reservado envolvidos na abordagem, informou que será aberto inquérito policial militar para apurar o que realmente aconteceu. “Até o momento, tenho que houve uma denúncia de que dois rapazes estavam rondando um restaurante, armados e de bicicleta, próximo ao Extra da Vila Guaíra. Eles fizeram patrulhamento e localizaram os dois, que foram reconhecidos por testemunhas”, acrescentou o coronel.

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